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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

APENAS UMA NOITE

Last Night/EUA
Ano: 2010 - Dirigido por: Massa Tadjedin
Lançado em: 2012

Sinopse: Michael (Sam Worthington) e Joanna Reed (Keira Knightley) formam um casal que parece ter tudo. Eles são jovens, atraentes e bem-sucedidos. No entanto, tudo muda quando os Reeds vão a uma festa de trabalho de Michael, na qual Joanna presencia um momento suspeito entre o marido e sua nova bela colega de trabalho Laura (Eva Mendes). O incidente é fugaz e ambíguo e Joanna não tem certeza do que presenciou, mas a sombra da dúvida na relação do casal contamina seu amor.


"Faço ou não faço? Hum..."


Massa Tadjedin têm uma carreira pequena como diretora. Este “Apenas Uma Noite” é o seu primeiro filme no comando, e conseguiu destaque em Hollywood como roteirista de um filme chamado “Camisa de Força”, lançado em 2005. 

Este “Apenas Uma Noite” fala de um assunto que ninguém gosta: traição. O filme lida com o tema de maneira melancólica e consequente. Mostrando que, dependendo do momento, pode vir a acontecer deslizes, afinal, somos seres humanos. No caso aqui, temos um casal onde, o rapaz parte numa viagem acompanhado de uma assistente muito atraente, enquanto sua esposa reencontra um amor do passado no qual ela nunca esqueceu. Daí, o resto é consequência. 


A diretora Massa Tadjedin, a partir dessas situações, passa grande parte do filme buscando criar um ambiente de dúvida, de incerteza em quem assisti, criando um questionamento se aquelas pessoas ali irão realmente ceder aos desejos ou não. Mas durante todo esse desenrolar, Tadjedin adentra em discussões obvias e previsíveis, sobre como era o passado e como está o presente. E depois de um tempo, já fica óbvio o que vai acontecer. Ao menos Tadjedin cria um final interessante, deixando em aberto para o público o que pode ter acontecido em seguida. 

Avaliando as atuações, Keira Knightley, além de muito bonita, a considero bastante talentosa e convincente. A atriz é responsável por toda a carga dramática do longa, e consegue transmitir com delicadeza e sutileza suas incertezas e sentimentos. Já em contrapartida, Sam Worthington, que interpreta o marido de Knightley, mostra mais uma vez ser um ator apático e sem emoção, sendo totalmente inexpressivo em cena, principalmente quando se encontra no meio do caminho, entre o trair ou não trair. 


Portanto, “Apenas Uma Noite” é uma obra simples, com boas atuações e um final legal. Mas até chegar nele, não vi nada de muito interessante. Um filme apenas normal e nada a mais.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

terça-feira, 30 de outubro de 2012

UMA VIDA MELHOR

A Better Life/EUA
Ano: 2011 - Dirigido por: Chris Weitz

Sinopse: 
Um jardineiro em Los Angeles luta para manter seu filho longe das gangues e dos agentes de imigração, enquanto viaja através da cidade para realizar o trabalho de paisagismo nas casas de ricos proprietários.


"O que determina o seu futuro são suas escolhas no presente."


Já falei incansáveis vezes o quanto sou apaixonado por filmes que lidam com relações familiares, sejam estas entre pai e filho, ou filha e mãe e por ai vai. Surpreendentemente, este “Uma Vida Melhor”, dirigido por Chris Weitz, que dirigiu o excelente “Um Grande Garoto” e os irregulares “A Bússola de Ouro” e o “A Saga Crepúsculo – Lua Nova” consegue ser o melhor filme de sua carreira, mostrando um Chris Weitz maduro, consistente em sua narrativa e equilibrado no drama, não transformando o filme em um dramalhão forçado e sem emoção. 

 O mais surpreendente de “Uma Vida Melhor” é que ele começa normal, sem grandes surpresas, mostrando a situação do protagonista, um imigrante do México (interpretado por Demián Bichir, indicado ao Oscar por sua atuação) morando no EUA em busca de uma situação melhor para o seu filho, e com o desenrolar da obra Chris Weitz cria momentos tensos que causam forte apreensão em quem assiste, gerando assim um gostinho de thriller


Não estou dizendo que “Uma Vida Melhor” seja um thriller em certas partes, apenas que ficamos tão incertos e empolgados torcendo pelos personagens, que gera essa leve impressão. No entanto, muito mais do que isso, Weitz acerta em cheio na construção do relacionamento entre pai filho e principalmente no que se refere a escolhas. 

 É um filme que fala de imigração, respeito, valores, mas principalmente sobre escolhas. O lado do filho onde este, em determinado momento, têm em sua frente dois caminhos distintos para seguir e terá que optar por um deles é "emocionantemente" bem transmitido ao público. E a figura do pai está ali como aquele que dedica toda a sua vida em função do filho, buscando oferecer o melhor e ensinar o que é certo, não querendo que ele tenha a mesma vida que ele, e sim, uma vida diferente que lhe dê orgulho. Um momento que exemplifica perfeitamente esta intenção é quando o personagem de Demián Bichir explica ao filho o porquê que ele decidiu ter uma criança quando chegou aos Estados Unidos. Uma cena emocionante e com um Demián Bichir formidável. 


E por falar em Demián Bichir, sua indicação ao Oscar de Melhor Ator, uma surpresa para todos já que Bichir não estava entre os indicados em outras premiações, porém, foi merecidamente indicado e o ator convence e emociona transmitindo sua dor interior e seu amor pelo filho com uma sinceridade e entrega magistral. 

Uma Vida Melhor” é um ótimo filme que mostra a luta incessante e dura de um pai para oferecer o melhor ao filho. Um drama que não consegue ser chato, é tocante e prende a nossa atenção do começo ao fim. Um relato de luta, perseverança e, principalmente, de seguir o caminho certo. Recomendado!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

OS CANDIDATOS

The Campain/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Jay Roach

Sinopse: Cam Brady (Will Ferrell) é um político calejado, que conhece bem o meio em que trabalha, mas às vésperas do período eleitoral ele realiza um comício que foi um verdadeiro fiasco. Para tirar proveito do momento ruim de Brady, um grupo de empresários milionários resolve investir em um candidato capaz de concorrer com o veterano nas eleições, o inexperiente Marty Huggins (Zach Galifianakis). Marty, que trabalhava no ramo do turismo, aos poucos vai ganhando jogo de cintura e o carisma necessário para preocupar Brady. O dia de votar se aproxima, a tensão entre os dois candidatos cresce e eles vão fazer de tudo para se dar bem nas urnas.


Dirigido por Jay Roach, que comandou a trilogia família “Entrando Numa Fria” e mais recentemente uma comédia que me divirto muito chamada “Um Jantar Para Idiotas”, que saiu aqui no Brasil direto para DVD, “Os Candidatos” junta o irreverente Will Farrell com o estranho Zach Galifianakis numa disputa política sem nenhum pudor ou qualquer tipo de limites. 

Os dois atores estão ótimos naquilo que cada um sabe fazer de melhor. Farrell aproveita muito bem suas cenas e extrai o melhor de seu estilo e faz um excelente contraponto com o esquisito Zach Galifianakis, que com o seu jeito desengonçado e abobalhado (que o tornou famoso em “Se Beber, Não Case!”) gera alguma graça para o filme. 


Porém, o enredo de “Os Candidatos” erra feio por ficar receoso em acidar as críticas para com a política americana, e, ao invés de um humor inteligente, ácido e crítico, temos aquela comédia pastelão que caí nas lições de moral ficando chato, sem graça e cansativo. 

 Daí, os dois atores protagonistas acabam não sendo muito bem usados, e ainda que tenha momentos bem pensados, tais cenas pouco impactam devido à narrativa e estilo de humor comum e nitidamente balanceado, talvez para não ofender ninguém e não gerar problemas. 



Portanto, “Os Candidatos” se mantêm conservador em relação às suas opiniões para com a política americana. Faz o básico de uma comédia, cria situações apenas normais, gera algumas risadas discretas, e... Perde a oportunidade de mexer na ferida dos políticos. Uma pena!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

PROMETHEUS

Prometheus/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Ridley Scott

Sinopse: O diretor Ridley Scott retorna ao gênero que ele ajudou a definir, criando um épico de ficção-científica original em um dos lugares mais perigosos do universo. O filme une uma equipe de cientistas e exploradores em uma jornada que testará os limites físicos e mentais, colocando-los em um mundo distante, onde eles descobrirão as respostas para nossos dilemas mais profundos e para o grande mistério da vida.


Desde “Gladiador”, o diretor Ridley Scott não trilhava o caminho da ficção científica. Passou pelo suspense, a ação e até a comédia romântica, e agora Scott, que se consagrou em Hollywood por causa de obras primas da ficção científica como “Alien – O Oitavo Passageiro” e ”Blade Runner”, retorna ao gênero que fez o seu nome realizando, ainda que não tão evidente, um prelúdio de seu icônico “Alien – O Oitavo Passageiro”, de 1979. 


De começo, “Prometheus” começa maravilhosamente bem. Scott cria um clima de suspense que lembra bastante o seu clássico filme de 1979 e nos remete em muitos momentos àquela sensação gerada em sua grande obra prima. No entanto, do meio em diante, “Prometheus” transforma-se em apenas mais um blockbuster de ação, que temos suspense, mortes e um decorrer previsível e comum. Ou seja, mais do mesmo. 

Não que o filme seja ruim ou desagradável de se assistir, no entanto, a expectativa por ser um prelúdio de “Alien – O Oitavo Passageiro” era grande, mas o resultado final não passa de um típico suspense com ação e muitos efeitos especiais. Estes, por sinal, são um dos fortes candidatos ao Oscar, já que são brilhantemente bem feitos e usados. Afinal, os efeitos é o principal destaque da obra, já que é praticamente todo o filme e destacam-se pelo realismo e beleza nas cenas. Uma boa pedida para se ver em blu-ray. 


Porém, o efeito gerado por “Prometheus”, ao menos para mim, foi nada mais nada menos que um bom entretenimento, daqueles que você assiste, se envolve e depois nem lembra.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

domingo, 28 de outubro de 2012

SOMBRAS DA NOITE

Dark Shadows/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Tim Burton

Sinopse: 1752. Joshua (Ivan Kaye) e Naomi Collins (Susanna Cappellaro) deixam a cidade inglesa de Liverpool juntamente com o filho, Barnabás, rumo aos Estados Unidos. A intenção deles era escapar de uma terrível maldição que atingiu a família. Vinte anos depois, Barnabás (Johnny Depp) é um playboy inveterado que tem a cidade de Collinsport aos seus pés. Após seduzir e partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green), sem saber que era uma bruxa, ele é transformado em vampiro e preso numa tumba por dois séculos. Quando enfim desperta, dois séculos depois, encontra sua propriedade em ruínas e os poucos familiares ainda vivos escondem segredos uns dos outros. Em meio a um mundo desconhecido, Barnabás se interessa por Victoria Winters (Bella Heathcote), a tutora do jovem David (Gulliver McGrath).


A parceria de Tim Burton com Johnny Depp é sem dúvida uma das populares do cinema. “Ambos começaram lá em 1990 com o excelente “Edward – Mãos de Tesoura”, passando por outros ótimos exemplares como “Ed Wood”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e "Sweeney Todd” e deslizando no irregular “Alice no País das Maravilhas”. 

Agora, chegando em 2012, ambos lançam este “Sombras da Noite”, filme baseado numa novela americana de grande sucesso nos EUA entre 1966 até 1972, onde a ideia era acordar um vampiro de 1752 nos anos 70. 


Confesso que nunca assisti nenhum capítulo do seriado Dark Shadows, porém, buscando conhecer um pouco mais sobre a série percebi que o original “Sombras da Noite” era um horror gótico sem espaço para alivio cômico e até violento para a época. E com isso, pensei que Tim Burton no comando da adaptação para o cinema, o diretor faria o mais sombrio e violento de seus filmes, já que todo o ar gótico e sinistro são suas paixões. 

Porém, o “Sombras da Noite” de Burton não se assemelha muito com a série sessentista. Ele injeta muito daquele seu habitual e leve humor macabro, e mantém dosada toda a violência que a história é capaz de proporcionar, talvez assim, para levar um público maior ao cinema. Daí cria-se um filme que é dividido em momentos. Ora temos a sequência cômica, ora temos uma sequencia mais dramática mudando totalmente o ambiente do filme, causando certa ondulação no ritmo e uma transição de gêneros mal realizada. Diga-se de passagem, o horrível final com personagens que surgem do nada em meio a um clímax insosso e explicações mal feitas. 


Portanto, entre o cômico e o sombrio, Burton acerta mais na comédia, sendo as sequencias onde o personagem Barnabas Collins (Johnny Depp) se estranha com o mundo dos anos 70 as melhores. 

E em meio a estas falhas de Burton, que parece ter ficado cômodo depois do seu “Alice no País das Maravilhas”, cabe a Johnny Depp brilhar. O ator, que interpreta o vampiro Barnabas Collins, cria mais um tipo caricato, mas que se encaixa muito bem em toda a estrutura do filme. E seu carisma e leve tom cômico colaboram muito para o interesse em continuar assistindo “Sombras da Noite”. 


Mas não é só Johnny Depp quem brilha. Eva Green dá um show como a bruxa que amaldiçoa Barnabas e o deixa preso por dois séculos. Ela grita, se diverte, exagera nos trejeitos e soa altamente convincente e divertida criando uma boa química com Depp. 

Enfim, “Sombras da Noite” talvez seja agradável por trazer à lembrança os primórdios de Tim Burton. Veja que sua produção lembra muito sua época áurea de “Edward – Mãos de Tesoura” e “Bettlejuice”, ainda que a execução deste não tenha sido das melhores. Porém, vale como uma sessão da tarde leve e sem pretensões.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CORIOLANO

Coriolanus/Reino Unido
Ano: 2012 - Dirigido por: Ralph Fiennes

Sinopse: Caius Martius Coriolanus, um general romano temido e reverenciado, está em desacordo com a cidade de Roma e seus cidadãos. Impulsionado a ocupar a poderosa e cobiçada posição de cônsul por sua mãe controladora e ambiciosa, Volumnia, ele não está disposto a agradar às massas cujos votos ele precisa para assegurar o cargo. Quando o povo recusa a apoiá-lo, a raiva de Coriolanus gera um protesto que culmina em sua expulsão de Roma. O herói banido se alia então ao seu inimigo declarado Tullus Aufidius para vingar-se da cidade.


Caio Márcio Coriolano foi um general lendário de Roma durante o século V A.C. que perdeu o pai quando criança e foi criado pela mãe viúva. Ainda jovem, conseguiu destaque na Batalha do Lago Regillus e recebeu o codnome Coriolanos após ter se distinguido no ataque a Corioli, uma cidade dos Volscos, quando foi promovido a general. 

Depois desse feito as histórias em torno do mito foram se agravando incentivando escritores a relatar os seus feitos, daí, pelas mãos de homens como Lívio e Plutarco, a trajetória de Caio Márcio Coriolano foi ganhando forma. Porém, a adaptação mais conhecida de sua vida foi a tragédia escrita por William Shakespeare. 


Sua história atravessou os séculos e é tida como uma lenda moralizante e social, que serve para tratar, de maneira crítica, assuntos como o orgulho militarista-democrático e o desprezo do Estado pelo povo, características estas presentes na figura de Coriolano, que antes um soldado valente de Roma, que dedicou anos de sua vida as batalhas, e após ser indicado para concorrer à vaga de cônsul, é rejeitado pelo povo e por parlamentares devido ao seu autoritarismo, ódio e intangível natureza. 

Dirigido por Ralph Fiennes (Lord Voldmort da séria Harry Potter) e também estrelado por ele, “Coriolano” é uma recontextualização da obra de Shakespeare adaptada para os dias atuais, onde a trama se passa numa Roma em crise e em decadência, e os volscos, no papel de rebeldes guerrilheiros esquerdistas. 


Fiennes ao lado do roteirista John Logan, responsável por roteiros de filmes como “Gladiador”, “O Aviador”, “O Último Samurai” e mais recentemente “A Invenção de Hugo Cabret”, adaptam com competência a peça de Shakespeare para um ambiente atual bem construído e Logan oferece um ar grandioso, onde decidindo manter o estilo de linguagem do período de Shakespeare, cria um filme ágil, com diálogos que não soam cansativos e muito menos desconexos com o período do filme. Aliás, a mesclagem do antigo com o contemporâneo é bem feita e convincente. 

Entretanto, Logan erra por se aprofundar muito pouco nos personagens, criando uma distância entre eles e o público. Tudo é muito superficial e sem emoção em “Coriolano”. Mesmo sendo bem feito a mistura dos diálogos de Shakespeare com a época atual, o filme possui uma narrativa teatral, que talvez tenha sido proposital já que é baseado em Shakespeare, porém, que gera pouco interesse nos personagens, onde, no cinema, a linguagem teatral já não encaixa perfeitamente bem como sendo feita num palco, e com isso, os dramas soam secos e distantes. 


A direção de Fiennes já é competente. Fazendo aqui a sua estreia como diretor, Fiennes mostra saber filmar com habilidade os momentos de guerra, e com tensão as partes de confronto textual entre os personagens. E como ator, Fiennes também se destaca e interpreta com fervor o general Coriolano, e isso, ao lado de um competente Gerard Butler, que interpreta o líder dos volscos e faz meio que uma releitura de seu papel em “300”, ou seja, tá valendo! 

Portanto, “Coriolano” pode ser distante e frio em suas emoções não causando impacto e nenhuma emoção, porém, incrivelmente, é um filme que prendeu a minha atenção até o fim. Ainda que falho, vale a pena tanto pela boa adaptação das linguagens quanto pelos excelentes atores. Bom!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

ANJOS DA LEI

21 Jump Street/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Phil Lord e Chris Miller

Sinopse: Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill) estudaram juntos, mas jamais foram amigos. A situação muda quando se reencontram na academia de policiais, onde passam a ajudar um ao outro. Já formados, se envolvem em uma confusão ao tentar realizar a prisão de um traficante de drogas, que atuava no parque onde trabalhavam. Remanejados para uma divisão comandada pelo capitão Walters (Ice Cube), onde jovens policiais trabalham infiltrados, eles recebem a missão de desvendar quem é o fornecedor de uma nova e perigosa droga. De volta ao ambiente escolar e atuando sob nomes falsos, Jenko e Schmidt precisam se acostumar aos novos tempos sem perder o foco na tarefa que lhes foi incumbida.


O original “21 Jump Street”, ou chamado aqui no Brasil de “Anjos da Lei” foi um seriado lançado na década de 80 que consagrou o então jovem ator Johnny Depp. O seriado mostrava um grupo de jovens policiais que se infiltrava nas escolas para investigar crimes cometidos por alunos, esse grupo era chamado de Anjos da Lei e estes faziam suas reuniões numa capela abandonada no número 21 da rua Jump Street. 

Falo logo de cara que este filme “Anjos da Lei” não tem absolutamente nada a ver com o original “Anjos da Lei”. Os diretores Phil Lord e Chris Miller criam uma comédia com pitadas de ação, porém, buscam no seriado oitentista sua fonte de inspiração e homenagens. É como se fosse uma adaptação livre que mantém a essência da obra na qual é inspirada, e não baseada ressalto. 



E “Anjos da Lei” impressionantemente se consagra como um filme que consegue ser bastante divertido, com um ritmo dinâmico, frenético e um humor eficaz misturado a momentos de ação bem realizados e que conseguem prender a nossa atenção e tirar o fôlego. 

Os atores protagonistas, Jonah Hill e Channing Tatum, estão ótimos como a dupla de policiais protagonistas que recebem a missão de se infiltrar numa escola para investigar um crime referente a uma nova droga na região. Cada um interpreta um tipo diferente. Hill faz o nerd, rejeitado que quer ser alguém na vida, e Tatum o tipo fortão, meio sonso, mas que tem força e coragem. Esse contraste junto a excelente química dos atores e ao talento cômico de cada um faz de “Anjos da Lei” um filme ainda mais prazeroso de se assistir.


Portanto, aos fãs do seriado estrelado por Johnny Depp, não vão assistir a este filme tendo em mente ser uma adaptação para o cinema. Assistam como sendo uma comédia que brinca e homenageia o seriado. Fazendo assim, você pode ter certeza que irá se divertir e muito com este “Anjos da Lei”. Principalmente quando aparecerem as referências ao seriado. Diga-se de passagem, a grande surpresa no final que vai deixar os fãs extasiados! Vale à pena!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

OS VINGADORES

The Avengers/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Joss Whedon

Sinopse: Continuando as épicas aventuras cinematográficas iniciadas por Homem de Ferro, O Incrível Hulk, Homem de Ferro 2, Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador, The Avengers – Os Vingadores da Marvel é uma reunião de super-heróis inédita. Quando um inesperado inimigo aparece e ameaça a segurança e a tranquilidade do mundo, Nick Fury, diretor da agência internacional de pacificação conhecida como SHIELD, se vê em busca de uma equipe capaz de tirar o mundo da iminência de um desastre. Através do planeta, um ousado recrutamento se inicia.



“Os Vingadores” é o primeiro filme totalmente produzido já com os estúdios Disney tendo comprado a Marvel. E realiza a tão sonhada reunião dos principais heróis da Marvel. Um evento, muito esperado pelos fãs e que, toda essa expectativa foi o bastante para fazer do filme a terceira maior bilheteria da história do cinema, com um pouco mais de 1 bilhão e 500 milhões de dólares arrecadados. 

 O filme não é de um todo perfeito. Muitos reclamaram para mim alegando ser muito infantil, outros dizendo que esperavam mais de certos heróis, etc. Sim! “Os Vingadores” não possui o tom dark ou a profundidade dramática de um "Batman – O Cavaleiro das Trevas", por exemplo, porém, é notório que esta não a intenção do filme. 


Em seu propósito de trazer aos fãs e ao público em geral a tão esperada reunião dos heróis, “Os Vingadores” consegue ser um marco, um filme que diverte do inicio ao fim, com efeitos especiais estupendos, cenas de ação empolgantes e um uso equilibrado e competente de cada super-herói na trama. 

Segue o estilo de narrativa que a Marvel vem fazendo no cinema, que começou lá em Homem de Ferro, e aqui, conseguiu juntar toda a empolgação adquirida nos filmes solos de cada herói e elevá-la ao máximo.


E um grande acerto do estúdio foi ter chamado para a direção um fã de quadrinhos da Marvel, o diretor Joss Whedon, que soube abordar cada super-herói realizando as homenagens e as referências aos fãs de quadrinhos, e também, sem esquecer o público leigo em HQs, fazendo um filme família com muita ação e comicidade e que, para mim, traz a nostalgia dos heróis nas épocas de 60 e 70, onde não se tinha a violência exacerbada ou todo o estilo sombrio e obscuro de hoje. Não que isso seja um problema, porém, ver um filme fazer o que antes se fazia, e de uma maneira tão atual sem parecer brega ou ridículo é de se tirar o chapéu. Mais do que recomendado!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

O LORAX - EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA

The Lorax/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Chris Renaud

Sinopse: O menino Ted (Zac Efron) descobriu que o sonho de sua paixão, a bela Audrey (Taylor Swift), é ver uma árvore de verdade, algo em extinção. Disposto a realizar este desejo, ele embarca numa aventura por uma terra desconhecida, cheia de cor, natureza e árvores. É lá que conhece também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax (Danny DeVito), uma criatura curiosa preocupada com o futuro de seu próprio mundo.


Terceiro filme da parceria entre a Universal Studios com a Illumination Entertainment. Para você ter uma ideia, eles foram os responsáveis pelo sucesso “Meu Malvado Favorito”, que irá ganhar um segundo filme ano que vêm.

“O Lorax – Em Busca da Trúfula Perdida” é baseado no conto “O Lorax” do Dr. Seuss, muito conhecido e aclamado nos EUA, e que foi publicado pela primeira vez em 1961 e fez um imenso sucesso de vendas, vendendo mais de um milhões de exemplares. 


Dr. Seuss é um escritor de contos infantis que conquistou o público infantil por suas histórias sobre valores transmitidas por meio de rimas e simplicidade. Seu trabalho já originou filmes como “O Grinch” (estrelado por Jim Carrey e que gosto muito), “O Gato” (estrelado por Mike Myers e no qual já não sou muito fã) e a melhor adaptação até agora que foi uma animação dos estúdios Blu-Sky (o mesmo da franquia “A Era do Gelo”) para “Horton e o Mundo dos Quem!” (que, por coincidência, tem Jim Carrey emprestando sua voz ao protagonista do filme, o elefante Horton). 

Este “O Lorax”, surpreendentemente, me conquistou. Não o fui ver nos cinemas por falta de vontade própria, demorei a dar uma chance para o filme quando este chegou em DVD e, em determinado dia, afim de ver uma animação, resolvi arriscar. E mesmo sendo bastante infantil e tendo falhas como, em dado momento esquecer-se do personagem Lorax, ou mesmo uma trama pouco aprofundada envolvendo os personagens, e um vilão chato e descartável, no entanto, a simplicidade, as músicas animadas e a mensagem ecológica sobre a importância das árvores me prenderam por completo em todos os 90 minutos de filme. 


Achei o personagem Lorax bem simpático e inspirador e as canções ao longo filme são animadas, ágeis e divertidas de acompanhar. Principalmente por serem executadas com competência e nos momentos certos. 

Recomendo “O Lorax – Em Busca da Trúfula Perdida”! Não é a melhor animação do ano, ou uma animação memorável, mas diverte, passa sua mensagem com convicção e não consegue ser chato ou cansativo. Um filme singelo, simples, bem feito e competente. Ainda que muitas vezes bobo, mas competente! Recomendo!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ALBERT NOBBS

Albert Nobbs/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Rodrigo García


Considero Glenn Close uma das grandes atrizes em atividade em Hollywood nos dias de hoje, e ainda que tenha deixado o cinema de escanteio durante alguns anos e focado especialmente na série de TV “Damages”, seu talento é incomparável e nossa eterna Cruela DeVil volta, como protagonista, numa exemplar atuação aqui neste “Albert Nobbs”. 

A história acontece na Irlanda do século XIX e nos apresenta Albert Nobbs, um mordomo de hotel que esconde o segredo de ser uma mulher, mas veste-se de homem por motivos que serão apresentados com o decorrer da película.



O filme não adentra em discussões como preconceito, mudança de sexo e outras coisas relacionadas, em nenhum momento a história preocupa-se com isso, mas sim, na curiosa vida de Albert Nobbs, suas razões por ter decidido se vestir como homem e o que levou sua pessoa a trilhar tal caminho. Afinal, considero como uma das melhores coisas do filme esse interesse que ele consegue gerar no público pelo personagem, criando certa curiosidade de querer saber mais e mais sobre ele. 


Entretanto, fora esse aspecto positivo do roteiro, da produção notável e das atuações de Glenn Close e Janet McTeer (outra que está estupenda no filme!), “Albert Nobbs”, que tem roteiro assinado pela própria Glenn Close em parceria com John Banville inspirado no conto “The Singular Life of Albert Nobbs”, peca por nunca ousar em suas tramas. Faltou impacto, surpreender o público e não depender apenas de ótimas atuações. Os desdobramentos são comuns e previsíveis tornando a experiência de assistir “Albert Nobbs” apenas “normal”. Detalhe este que não faz jus aos estupendos trabalhos de Close e McTeer na obra. Uma pena!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

HISTÓRIAS CRUZADAS

The Help/EUA
Ano: 2011 - Dirigido por: Tate Taylor

Sinopse: Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões. 


Histórias Cruzadas foi um grande sucesso quando estreou nos cinemas norte americanos em agosto de 2011, arrecadando quase 200 milhões em bilheteria, e isso só lá na terra do tio Sam. Agora chegando aos nossos cinemas e sendo uma das grandes sensações das premiações deste inicio de ano, Histórias Cruzadas é um filme todo esquematizado, bonitinho e bem feitinho justamente para prêmios.

Baseado em um livro da americana Kathryn Stockett, que o escreveu durante cinco anos em homenagem a Demetrie, emprega negra que a criou quando criança devido a frequente ausência dos seus pais, The Help, como é chamado no original, foi rejeitado inicialmente por mais ou menos 45 agentes literários. 


A história busca no preconceito racial do incio da década de 60 mostrar a vida de empregas afro-americanas e o modo como eram tratadas pelas patroas brancas em Jackson, Mississippi. No filme, temos a personagem Eugenia "Skeeter" Phelan (interpretada por Emma Stone e que representa a própria escritora do livro) que irá  surgir para justamente ir contra aquela sociedade cética e preconceituosa. Skeeter vai se familiarizar com as empregadas da região buscando relatos para o seu livro onde serão publicados as muitas histórias de racismo sofridas pelas empregas, causando assim, o maior alvoroço na região.

Particularmente, não acho Histórias Cruzadas essa maravilha toda a ponto de ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Extremamente previsível e convencional, ao meu ver o diretor Tate Taylor empobrece muito o drama existente na história, criando algo piega e por vezes forçado, parecendo novela mexicana. Porém, o filme em si é divertido, simples e passa sua mensagem de maneira positiva, mesmo sem causar grande impacto.


As atuações estão boas destacando Viola Davis, que é uma forte concorrente ao Oscar de Melhor Atriz este ano e a premiada Octavia Spencer, que vem ganhando tudo de Melhor Atriz Coadjuvante e possivelmente vai faturar o Oscar também.

Não digo que é ruim e que não vale a pena, História Cruzadas é bom e envolvente, o problema é que não me convence como um dos melhores do ano. Mas vale a pena conferir!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

A DAMA DE FERRO

The Iron Lady/Reino Unido
Ano: 2011 - Dirigido por: Phyllida Lloyd


Sinopse: Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margaret Thatcher (Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos na função de primeiro-ministra do Reino Unido em um mundo até então dominado por homens. Durante a recessão econôminica causada pela crise do petróleo no fim da década de 70, a líder política tomou medidas impopulares, visando a recuperação do país. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino Unido entrou em conflito com a Argentina na conhecida e polêmica Guerra das Malvinas. 



O meu medo desde o inicio era ter a diretora Phyllida Lloyd no comando. Tudo bem que sua estreia nos cinemas foi com um musical que gosto muito, Mamma Mia!, que tinha também Meryl Streep como protagonista. No entanto, pelo fato de ser uma diretora proveniente do teatro e, mesmo Mamma Mia! sendo excelente, a direção era cheio de falhas. E ter esse tipo de diretora numa biografia sobre uma das figuras mais controvérsias do século XX é de se ter um frio na barriga. E, infelizmente, meu medo se tornou realidade. Phyllida é bastante falha na direção deste A Dama de Ferro. Ela não consegue explorar a emoção dos personagens e, ao tentar instigar o público com a câmera em certos momentos, acaba causando cansaço e preguiça.


Mas os erros não são somente de Phyllida Lloyd, mas também do roteirista Abi Morgan, que opta por focar na debilidade de Margareth nos dias de hoje e mostrar momentos de sua vida por meio de flashbacks, criando uma falta de linearidade e impedindo que o público a conheça melhor, criando assim, uma história bem superficial.

Entretanto, o que merece destaque e aplausos é sem dúvida a atuação de Meryl Streep que merece ganhar o Oscar de melhor atriz. Streep realiza uma de suas melhores atuações da carreira sumindo completamente no papel. Nós nem percebemos que existe uma atriz ali, pensamos que é mesmo a própria Margareth Thatcher que estamos assistindo.


E também o trabalho de maquiagem é estupendo. Streep tanto na velhice quanto em sua fase política ficou idêntica em todos os aspectos com a verdadeira Thatcher. Outro detalhe também digno de um Oscar.

Mas pena que o filme desperdice uma personagem com uma história tão rica, cheia de lutas e polêmicas, com um filme insosso e pouco relevante. Só Meryl que vale a pena!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

CADA UM TEM A GÊMEA QUE MERECE

Jack and Jill/EUA
Ano: 2011 - Dirigido por: Dennis Dugan

Sinopse: Jack (Adam Sandler) mora em Los Angeles com sua esposa Erin (Katie Holmes) e os filhos. Pacato homem de família e publicitário de sucesso, sua vida só muda radicalmente durante a comemoração do Dia de Ação de Graças. O motivo? A visitinha que sua irmã gêmea Jill (Adam Sandler), uma grosseirona moradora do Bronx, em Nova York, costuma fazer para ele. O pior é que todo mundo acha que eles são muito parecidos, mas Jack tem certeza que não e só quer distância dela. Agora, o ano passou e o calendário avisa: é hora de assar o peru e aturar as loucuras de sua maninha. 


Eu gosto do Adam Sandler. Não o considero um grande comediante, mas seus filmes são aqueles ótimos exemplares para você relaxar sem buscar pretensão alguma. Diverti-me com muitos de seus filmes que a crítica massacrou como, por exemplo: Gente Grande, Esposa de Mentirinha e alguns outros. No entanto, nem como relaxamento este Cada Um Têm A Gêmea Que Merece consegue ser.


Primeiro, que aqui Adam Sandler tem uma irmã gêmea interpretada por ele mesmo. Ou seja, Adam Sandler em dobro! Porém, o grande problema é que faltam coadjuvantes de peso, como era comum em seus outros trabalhos. Personagens secundários que faziam toda a diferença. No entanto, tudo neste filme é só Adam Sandler, Adam Sandler e Adam Sandler. E o ator como a irmã gêmea é simplesmente insuportável!


Muitas piadas são extensas demais e nenhuma consegue tirar uma risada si quer. E o difícil de entender é o porquê de um ator como Al Pacino resolver participar de um filme como esse.

O único momento notável do filme é quando no final Al Pacino dança e canta num comercial de TV, mostrando algo que nunca o vimos fazer antes. Porém, tirando isso, Cada Um Tem A Gêmea Que Merece é talvez uma das piores comédias que assisti em toda minha vida.

Curiosidade: Temos uma pequena participação de Johnny Depp ao lado de Al Pacino.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

PROTEGENDO O INIMIGO

Safe House/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Daniel Espinosa



Um sucesso mais do que o esperado nos Estados Unidos, arrecadando 116 milhões de dólares somente em suas duas primeiras semanas em cartaz, Protegendo o Inimigo é um filme que se segura por duas únicas coisas em especial: o talento de seus atores e as excelentes cenas de ação.

A história em si não apresenta nada de muito original. Denzel Washington interpreta um bandido renegado pelos Estados Unidos chamado Tobin Frost, que é considerado o mais perigoso do país. Entretanto, numa situação, Frost acaba sendo pego e enviado para uma casa de proteção, chamado lá de safe house, onde irá permanecer até surgirem novas ordens do governo. Porém, o local é invadido inesperadamente por mercenários na intenção de aniquilar Tobin, que segundo eles, possui algo importantíssimo que pode comprometer muita gente. No entanto, Matt Weston (Ryan Reynolds), um inexperiente oficial encarregado de vigiar a casa de segurança, acaba fugindo levando consigo o homem considerado “o mais perigoso bandido dos EUA”.


Particularmente não me importo quando a história é clichê. Desde que seja bem elaborado, bem escrito e desenvolvido, o clichê torna-se mero detalhe. O importante é o filme cumprir sua proposta proporcionando um resultado final satisfatório. E olhando por este ângulo Protegendo o Inimigo é digno de ser visto.

Minha única ressalva é a escolha por filmar a ação toda com a câmera na mão. Um estilo que não gosto muito, pois penso que tira, em muitos momentos, a visualização do que está acontecendo. Sem deixar de falar dos excessos de zoom que prejudica bastante também as cenas.


Dirigido por Daniel Espinosa, que faz aqui sua estreia como diretor no mercado Hollywoodiano, Protegendo o Inimigo não é uma maravilha, apesar dos erros, é um filme que vale a pena ser visto.

Nota: ««««« 

Comentário por Matheus C. Vilela

MILLENIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES

Millenium - The Girl With the Dragon Tattoo                         
Ano: 2011 - Dirigido por: David Fincher

Sinopse: Harriet Vanger (Moa Garpendal) desapareceu há 36 anos, sem deixar pistas, em uma ilha no norte da Suécia. O local é de propriedade exclusiva da família Vanger, que o torna inacessível para a grande maioria das pessoas. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Mesmo após tanto tempo, seu tio Henrik Vanger (Christopher Plummer) ainda está à procura e decide contratar Mikael Bomkvist (Daniel Craig), um jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium. Bomkvist, que não está em um bom momento por enfrentar um processo por calúnia e difamação, resolve aceita a proposta e começa a trabalhar no caso. Para isso, ele vai contar com a ajuda de Lisbeth Salander (Rooney Mara), uma investigadora particular incontrolável e anti social.


O sueco Stieg Larsson morreu em 2004 deixando uma trilogia de livros que este nem imaginava que se tornaria um dos maiores sucessos de venda do planeta. Já tivemos a versão sueca que por sinal é bem fraquinha e pouco empolgante. Afinal, a história do primeiro capítulo intitulado Os Homens Que não Amavam As Mulheres não acho surpreendente ou impressionante, considero um thriller de suspense de serial killer comum e previsível.

No entanto, nas mãos de David Fincher (diretor de Clube da Luta, Seven, Zodíaco e A Rede Social) a versão americana de Os Homens Que Não Amavam s Mulheres ganha ritmo, dinamismo e tensão de deixar a gente se segurando na cadeira do cinema. Sem dúvida, muito melhor que a versão sueca.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

J. EDGAR

J. Edgar/EUA
Ano: 2011 - Dirigido por: Clint Eastwood



Sabe quando você pega um livro e vai olhando só as imagens e pronto? Nem chega a se aprofundar buscando ler o que está ali dentro? Pois é, é dessa maneira que caracterizo esse J. Edgar, novo filme de Clint Eastwood.

Contando a história de John Edgar Hoover, que fundou o FBI e ficou quase 50 anos a frente da unidade, Clint Eastwood vai passando por cima de sua história e pouco se aprofunda nos momentos de sua vida. Sua morte soa sem emoção alguma, seu romance com seu assistente pouco interessa ao longo da projeção, e ainda, a condução lenta e arrastada torna o filme cansativo e exaustivo.


Particularmente considero mais um deslize recente de Eastwood. E o que falar da maquiagem estranha e pouco convincente? Leonardo DiCaprio está até bem, o que prejudicou a biografia de um dos homens mais odiados e amados dos EUA deve-se, acima de tudo, ao próprio diretor. Fraco!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

OS DESCENDENTES

The Descendents/EUA
Ano: 2011       Dirigido por: Alexander Payne

Sinopse: Matt King (George Clooney) é um marido indiferente e pai de duas meninas, que é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco em Waikiki. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, o que o ajuda na difícil decisão de vender um terreno herdado da família. 



Devido alguns problemas com câmera e outras coisas, vou começar a fazer breves comentários sobre os filmes que estarei assistindo no cinema substituindo as vídeo críticas. Serão comentários pessoais sobre minha experiência com o filme. Comentários breves e diretos, e quem sabe, volto com os vídeos no futuro.

Pois bem, apesar da lista razoável, o Oscar desse ano por um lado está bom pela imprevisibilidade. Até agora nenhum favorito absoluto apareceu, como aconteceu em 2011 com O Discurso do Rei, porém, este drama Os Descendentes é um dos fortes candidatos ao prêmio, diria até o favorito juntamente com O Artista e Hugo, de Martin Scorsese.


Dirigido por um diretor que gosto muito chamado Alexander Payne, Os Descendentes pode não ser um dos filmes mais originais e surpreendentes do ano, mas é bem feito, bem conduzido e fala sobre família e amor, temas que quando bem usados sempre são bem vindos.

Talvez o motivo por ser um dos fortes a ganhar o Oscar, seja porque o filme nos conduz por uma história que todos nós já passamos na vida. Ou talvez o medo de vir a passar um dia. E também, o filme não possui aquele dramalhão meloso, não! Alexander Payne conduz sem exagerar nos acontecimentos e o drama é tão humano e sincero que é impossível não se emocionar.


E tenho um carinho muito grande por Alexander Payne, pois em seu As Confissões de Schmidt ele me fez ver um Jack Nicholson que nunca tinha visto antes. Primeira vez que me emociono única e exclusivamente por causa da atuação de Nicholson. E agora, me surpreendo caindo em prantos única e exclusivamente por causa de George Clooney, principalmente numa cena pertinho do final onde ele se mostra um grande ator fazendo algo que, assim como aconteceu com Jack, nunca o tinha visto fazer. Realmente, Clooney merece a estatueta de Melhor Ator no Oscar. Será o seu segundo prêmio, mas agora como ator principal. Antes ele havia ganhado de ator coadjuvante pelo filme Syriana.

Portanto, Os Descendentes é um drama imperdível, que emociona e toca lá no fundo falando sobre família e a vida.

Nota: «««««