Total de episódios: 10
Ano: 2013
“Psicose” é um dos maiores clássicos do cinema de suspense/terror, e talvez a obra mais lembrada e aclamada do gênero. Dirigido por Alfred Hitchcock e baseado no livro de Robert Bloch, o filme fez imenso sucesso quando lançado em 1960 tornando-se a obra icônica do diretor, que dentre outros clássicos, sempre é lembrado por “Psicose”, a clássica cena do banheiro e o final surpreendente.
Mas não vou falar aqui do filme “Psicose“, e sim, desta nova série lançada este ano chamada “Bates Motel”, prelúdio do filme de 1960 que conta a adolescência do personagem Norman Bates, mostrando o seu relacionamento com a mãe, irmão e também, o seu temperamento instável e hesitante.
A série respeita e muito o filme de Hitchcock tendo-o como sua grande referência. O cenário do Hotel Bates é o mesmo mostrado no filme, e destaco o aprofundamento dado aos motivos que levaram Norman Bates a se tornar um dos maiores assassinos do cinema. Elementos como aquele grande segredo do filme de 1960, ou o porquê de gostar de vestir roupas de mulher são bem construídos e explicados na série.
Sua relação com a mãe é colocada como um dos motivos de seus problemas. Norma e Norman são muito próximos e muito apegados. Norma é explosiva, ciumenta em excesso com o filho e exageradamente protetora. Norman a vê como a mulher de sua vida, e ainda que tenham os seus momentos de brigas, os dois buscam um no outro uma maneira de preencher o vazio e superar as frustrações de suas vidas.
Os primeiros quatro episódios vão preparando o terreno para descobertas cada vez mais interessantes dos personagens, portanto, demoram a engrenar com um ritmo meio lento e sem grandes surpresas. Mas do quinto em diante temos uma ascensão de ritmo notável que transforma a série em algo empolgante e envolvente.
A trilha sonora remete muito ao filme de Hitchcock também. Não temos o clássico tema do chuveiro, entretanto, a trilha é sempre densa como se algo estivesse prestes a acontecer a qualquer momento. E ressalta também o ambiente perturbador da cidade.
Vera Farmiga dá um show de interpretação como a mãe problemática do protagonista, Norma Bates. Freddie Highmore, além de parecido com Anthony Perkis do filme de 60, mostra-se um ator cada vez mais maduro construindo um personagem que vai crescendo com a série, e surpreende convencendo como um assassino em ascensão.
Como é a primeira temporada, muita coisa será explorada mais ainda na segunda, já confirmada pela Universal Channel. E fica dica de uma série bem feita que nos leva novamente ao mundo mostrado por Hitchcock em “Psicose”. Vale a pena!
Nota: «««««
Comentário por Matheus C. Vilela
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