Cronos-MÉXICO
Ano: 1993
Elenco: Federico Luppi, Ron Perlman, Claudio Brook
NOTA: «««««
Sinopse: Em 1536, o alquimista Humberto Oganelli desembarcou em Veracruz, no México. Lá ele criou um objeto de ouro chamado Cronos, que concede vida eterna a quem o detém. Quatro séculos depois, a queda de parte de um prédio gera algumas vítimas. Entre elas está um homem de pele estranha, alquimista. As autoridades localizam sua residência, mas jamais divulgam o que encontraram no local. Após uma rápida investigação, o conteúdo da mansão é leiloado. Com isso Cronos chega às mãos de um vendedor de antiguidades que, acidentalmente, dispara seu mecanismo. De seu interior sai uma aranha, que injeta no corpo de seu portador um estranho líquido. Aos poucos ele percebe que seu corpo está rejuvenescendo, mas também passa a ter uma obsessão por sangue.
Primeiro longa metragem de Guillermo Del Toro como diretor, “Cronos” foi um enorme sucesso no México e uma das maiores sensações do festival de Cannes daquele ano. Como vamos perceber ao longo de sua carreira, Del Toro é um apaixonado por fantasia, e principalmente em toda a questão sobre como ela afeta o mundo real. Del Toro aproveita sempre para abordar elementos interessantes não apenas em relação ao fantasioso, como também sobre o comportamento humano diante de algo tão magnânimo.
Este “Cronos” ainda nos apresenta um Del Toro sem os recursos financeiros e tecnológicos de quando caiu na graça de Hollywood e dirigiu filmes com orçamentos pomposos como “Blade 2” ou os dois filmes do Hellboy. Aqui, ele cria algo mais centrado na discussão sobre a imortalidade criando um suspense, que na medida em que se desenrola, torna-se mais e mais interessante.
Se notarmos bem, “Cronos” é um olhar crível e perturbador sobre os vampiros. Não temos presas nem lobisomens, muito menos aquela teatralidade toda presente em filmes do gênero. Aqui Del Toro nunca entrega que o personagem em questão é um vampiro, mas cria relações como a necessidade de se manter imortal com sangue humano e o quesito, claro, da própria imortalidade em si.
O resultado final é uma obra interessante que traz um olhar menos otimista e melancólico desse ser.
Comentário por Matheus C. Vilela
CURIOSIDADES
- Primeiro filme de Guillermo Del Toro como diretor.
- O orçamento de "Cronos" na época foi de 2 milhões de dólares. Até então a maior quantia gasta em um filme mexicano.
- Guillermo Del Toro teve que conseguir um empréstimo de U$ 500,00 mil para terminar de filmar o filme.
- Certos objetos mecânicos e de efeitos especiais foram levados para as filmagens pelo próprio diretor, que os usava em sua empresa de maquiagem chamada "Necropia".
0 comentários:
Postar um comentário