Killing Season-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Mark Steven Johnson
Elenco: John Travolta, Robert De Niro, Elizabeth Olin
NOTA: «««««
Sinopse: O americano Benjamin Ford (Robert De Niro) é um veterano da Guerra da Bósnia, que decide morar em uma cabana isolada na floresta para esquecer os traumas dos anos de combate. Mas as lembranças vêm persegui-lo na figura de Emil Kovac (John Travolta), um militar bósnio que pretende acertar contas com Ford. Logo começa um longo combate físico e psicológico entre os dois.
Mark Steven Johnson é um daqueles diretores contratados por um estúdio para tomar a frente de determinado projeto, mas sem as mordomias de diretores renomados com influencia que geralmente mexem com toda a parte criativa. Johnson é um mero contratado chamado apenas para dar vida às decisões estabelecidas por produtores e financiadores. Com quatro filmes na carreira, incluindo este último, Johnson nunca mostrou expressividade ou algo que o tornasse um diretor singular. Estreou mal com “Demolidor – O Homem Sem Medo” e continua no caminho do inferno quando em seguida dirigiu o horrendo “Motoqueiro Fantasma” em 2007. Voltou em 2010 com uma comédia romântica banal chamada “Quando Em Roma” e com este “Killing Season” tenta surpreender e mostrar ser um diretor capaz de fazer bem mais do que mostrou até agora, e não apenas ser um mero funcionário de Hollywood.
Infelizmente não foi dessa vez que Mark Steven Johnson conseguiu este feito. Filme de drama, ação e guerra, “Killing Season” é um panfleto escancarado contra a guerra e sua violência exacerbada e sem motivos. Na história, Robert De Niro interpreta um veterano da Guerra da Bósnia chamado Benjamin Ford, que decide morar numa cabana isolada na floresta para esquecer os traumas dos anos de combate. Certo dia, um militar bósnio chamado Emil Kovac, interpretado por John Travolta, aparece buscando vingança contra Ford por ele ter atirado e o deixado a mercê morrendo durante a guerra.
O difícil de engolir em “Killing Season” não são os confrontos físicos entre De Niro e Travolta ao longo do filme, que, aliás, é o único fator empolgante que desperta o nosso interesse em continuar seguindo a história até o final. Mas por outro lado, as motivações de Kovac não servem para justificar suas atitudes e muito menos convencer o público do porque ele perseguir, quase 20 anos depois, um soldado americano aposentado.
Seria mais contundente se De Niro tivesse matado a família de Kovac na guerra e este buscar vingança por isso. E não simplesmente por ter sido ferido e deixado a deriva até morrer, sendo que, Ford estava apenas cumprindo o seu dever de soldado, e tenho certeza que se Kovac estivesse na mesma posição faria o mesmo.
Portanto, tal justificava serve para no decorrer de 90 minutos o diretor Mark Steven Johnson e o roteirista Evan Dauguerty protestarem contra a futilidade da guerra e como ela muda os seres humanos, e no final, não acrescenta nada a ninguém. Mas infelizmente não conseguimos se envolver nem acreditar no sofrimento dos personagens, resultando assim, em um filme vazio que desperdiça atores como Robert De Niro e John Travolta.
Comentário por Matheus C. Vilela
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