Mimic-EUA
Ano: 1997
Elenco: Mira Sorvino, Jeremy Northam, Josh Brolin
NOTA: «««««
Sinopse: Em Nova York uma epidemia disseminada por baratas mata cerca de mil crianças, sendo que nada consegue erradicar a doença. Susan Tyler (Mira Sorvino), uma cientista que recebe a ajuda do marido, cria a "Geração Judas", uma mutação genética que, se colocada junto a outras baratas, elimina a praga. Após 3 anos Susan constata que as baratas modificadas, que deveriam durar apenas uma geração, continuam se reproduzindo, são do tamanho de um ser humano e se tornaram basicamente carnívoras. Assim, acompanhada de um pequeno grupo, ela desce nos subterrâneos da cidade e tenta deter os gigantescos insetos, antes que criem colônias por toda a metrópole.
Na cidade de Nova York uma epidemia de baratas mata várias crianças por causa de um vírus transmitido por elas o que resulta numa série de pesquisas e buscas para acabar com a doença. A solução é encontrada quando uma cientista cria uma mutação genética que, coloca junto com as barata, aniquila toda a praga. Porém, três anos depois, ela e o marido descobrem que as baratas sofreram, na realidade, uma mutação que aumentou o seu tamanho e força, transformando elas em seres carnívoros e perigosos.
Filmes que se utilizam desse contexto de insetos assassinos e mutações genéticas como “A Mosca”, “Ataque das Vespas Assassinas” e outros com os mais inimagináveis animais ou insetos possíveis (já tivemos até de tomates assassinos, que é uma fruta, então o resto é lucro!) precisam ser vistos com olhares distintos, afinal, a proposta inicialmente soa como algo ridículo e grotesco, e na realidade é, porém, visto da maneira correta a diversão pode ser melhor do que imaginamos.
Claro que existem aqueles filmes realmente mal realizados sem eficiência alguma que passam mais vergonha do que conseguem divertir. Mas existem, obviamente, aqueles bem dirigidos cujo resultado final é de puro entretenimento que traz um êxtase de poder vivenciar criaturas repugnadas em sua natureza normal pelo ser humano, mas que nos filmes ganham forma de verdadeiros monstros, exemplificando a maneira como algumas pessoas realmente veem aquilo. E nada melhor do que baratas, não é mesmo?
Primeiro trabalho de Guillermo Del Toro nos Estados Unidos e segundo na carreira, o diretor mexicano já ganhou logo de cara US$ 30 milhões para trabalhar neste “Mutação”. Inicialmente seria feito um curta metragem de 30 minutos integrado em um longa metragem com vários curtas de ficção cientifica compondo o roteiro. A ideia foi deixada de lado evoluindo para um filme de quase duas horas. Com o bom recebimento de “Cronos”, Del Toro foi chamado para dirigir o projeto.
Se em “Cronos” Guillermo De Toro lidava com a fantasia do vampiro, neste daqui o diretor aproveita para criar a sua versão dos filmes de insetos/animais assassinos. Diferente de muitos filmes desse estilo onde a única preocupação é matar os humanos e mostrar sangue e morte, Del Toro cria sequencias competências de suspense escondendo a figura do “bicho” durante os primeiros sessenta minutos, e em cenas que nas mãos de outros poderia torna-se galhofa, Del Toro mostra talento conseguindo prender a atenção de quem assiste com uma direção ágil que constrói bem a tensão, gerando entusiasmo e empolgação sem abusar dos sustos e das mortes.
“Mutação” não é uma maravilha e segue a risca os clichês de filmes desse estilo, que para apreciar é necessário se desprover de toda lógica e embarcar na ideia. No caso de “Mutação”, e graças principalmente a Guillermo Del Toro, o filme possui um resultado empolgante e competente conseguindo ser sério, angustiante e um deleite de se assistir. Vale a pena!
Comentário por Matheus C. Vilela
CURIOSIDADES
- Inicialmente "Mutação" seria um curta metragem de 30 minutos.
- O orçamento do filme foi de mais ou menos US$ 30 milhões.
- Possuí duas continuação: "Mutação 2" de 2001 e "Mimic: Sentinel" de 2003.
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