Somos Tão Jovens-BRASIL
Ano: 2011 - Dirigido por: Antonio Carlos da Fontoura
Sinopse: Brasília, 1973. Renato (Thiago Mendonça) acabou de se mudar com a família para a cidade, vindo do Rio de Janeiro. Na época ele sofria de uma doença óssea rara, a epifisiólise, que o deixou numa cadeira de rodas após passar por uma cirurgia. Obrigado a permanecer em casa, aos poucos ele passou a se interessar por música. Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda Aborto Elétrico e, posteriormente, a Legião Urbana.
Fazer uma biografia de um grande ídolo ou ícone seja do cinema, ou da música, ou da literatura é uma tarefa complicada que se não for bem feita pode tornar-se algo superficial. Este “Somos Tão Jovens” relata a adolescência de um dos mais aclamados cantores brasileiros, amado e lembrado até hoje por suas canções de caráter pessoal e revolucionário.
Estamos falando de Renato Russo, um sujeito que nasceu em Brasília, odiava a ditadura e possuía atitudes nada ortodoxas que batiam de frente com o pensamento da sociedade daquele período. E como todo jovem, o desejo de mudar o mundo, de deixar sua marca e lutar por seus ideais sempre esteve correndo em suas veias, e isso é justamente o principal interesse deste filme, mostrar esse lado de Renato Russo e inspirar os jovens de hoje a não desistir de seus sonhos e nunca deixar que os padrões da sociedade o sufoquem.
Portanto, o que temos aqui é um relato maquiado e simplista de Renato Russo como pessoa, e um retrato forte de seus talentos como cantor e compositor. Ou seja, temos uma biografia que exalta o seu biografado apresentando-o como um grande símbolo, um ícone a ser seguido e tido como inspiração.
“Somos Tão Jovens” é um filme de fã para fãs do cantor. Sem aprofundamento dramático e com um desenrolar bem musical, o deleite do filme acaba sendo as músicas do cantor que envolve todo o longa. Conhecemos quais foram as inspirações de Renato para compor músicas como “Será”, “Eduardo e Mônica”, “Somos Tão Jovens”, “Geração Coca-Cola” e dentre outras conhecidas de sua carreira.
O elenco é competente, simpático e convincente. Thiago Mendonça ficou parecido e mostra um trabalho notável de personificação da figura de Renato Russo, e sua química com Aninha, melhor amiga de Renato interpretada por Laila Zaid, soa orgânica e tocante.
Porém, o filme é apenas um fetiche para os fãs do cantor ouvir suas músicas serem passadas na tela grande. Como biografia, “Somos Tão Jovens” é vazio, sem emoção e não transmite quem foi o verdadeiro Renato Russo. Pena!
Nota: «««««
Comentário por Matheus C. Vilela
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