Pages

sexta-feira, 24 de maio de 2013

TERAPIA DE RISCO

Side Effects-EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Steven Soderbergh

Sinospe: A trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento psicológico, lidando com profissionais (Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem.


Steven Soderbergh anunciou que este “Terapia de Risco” será o seu último longa metragem feito para o cinema, e que irá investir mais em trabalhos televisivos. Particularmente, não acredito muito em tal declaração, mas se caso Soderbergh foi fiel às suas palavras, será uma grande perda. O diretor é um dos pouquíssimos hoje em dia que consegue trilhar por gêneros diferentes e conseguir ser eficiente e criativo, ainda que com derrapadas feias ao longo do caminho, como por exemplo, o horrível “Confissões de Uma Garota de Programa”. 

“Terapia de Risco” acompanha uma mulher chamada Emily Hawkins (Rooney Mara) que teve o seu marido liberto da prisão após cumprir quatro anos de pena, sofre de depressão e ansiedade e após um acidente de carro onde tentou cometer suicídio batendo o veiculo contra a parede de um estacionamento, Hawkins começa a ser atendida por um psiquiatra chamado Jonathan Banks (Jude Law). 


De inicio, os remédios receitados por Banks não surtem efeito causando enjoo e tontura, até que este receita uma nova droga lançada no mercado chamada Ablix e que muda completamente a rotina de Emily, proporcionando-lhe disposição e ânimo. Entretanto, os efeitos colaterais trarão consequências amargas com episódios inesperados que mudará totalmente o modo de agir dos personagens. 

O grande êxito de Soderbergh com este “Terapia de Risco” é por surpreender o seu público com acontecimentos imprevisíveis, mudando totalmente o gênero do filme. Se no começo tínhamos um drama focado na situação da personagem de Rooney Mara, e uma discussão sobre a indústria farmacêutica que fatura bilhões em cima de doentes e de suas doenças, Soderbergh inesperadamente transforma isso num eficiente suspense onde ninguém ali soa confiável o bastante. 


Rooney Mara, que alcançou o reconhecimento após “Millenium – Os Homens Que Não Amavam As Mulheres”, onde recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, está um arraso como Emily Hawkins. A atriz está belíssima com cabelo longo e uma maquiagem que a transforma na figura mais carismática de todo o filme. Mas não menos problemática. 

Jude Law, como sempre, eficiente no papel do homem íntegro, carinhoso e atencioso. Catherine Zeta-Jones aparece pouco e sem muita utilidade no inicio, mas vai se mostrando parte importante da história. E Channing Tatum, aos poucos, vêm se mostrando um ator competente e simpático, e não apenas um sexy simbol


Terapia de Risco” exige certa persistência em seu inicio discursivo e sem grandes acontecimentos. Mas quando as coisas mudam de rumo, cada minuto que passa fica mais e mais prazeroso de acompanhar. Se realmente é o último trabalho de Steven Soderbergh para o cinema, ao menos o diretor despede-se com chave de ouro. Deixando também a dor da saudade.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

0 comentários: