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sexta-feira, 10 de maio de 2013

XINGU

Xingu-BRASIL
Ano: 2012 - Dirigido por: Cao Hamburger

Sinopse: Os irmãos Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João Miguel) e Leonardo Villas Bôas (Caio Blat) resolvem trocar o conforto da vida na cidade grande pela aventura de viver nas matas. Para isso, resolvem se alistar no programa de expansão na região do Brasil central, incentivado pelo governo. Com enorme poder de persuasão e afinidade com os habitantes da floresta, os três se tornam referência nas relações com os povos indígenas, vivenciando incríveis experiências, entre elas a eterna conquista do Parque Nacional do Xingu.


“Xingu” nos conta a história real dos irmãos Orlando, Claudio e Leonardo Viillas-Boas quando se alistaram para a expedição Roncador Xingu nos anos 40 para desbravar o centro do Brasil. Com o decorrer do trajeto, tornam-se amigos dos índios iniciando uma empreitada de preservação da cultura indígena e defesa de suas terras. 

A produção teve inicio após o pedido da família dos irmãos Villas-Boas ao diretor Fernando Meirelles, que indicou Cao Hamburger para o posto de diretor. Hamburger se interessou pelo assunto principalmente por se tratar de algo pouquíssimo divulgado no país. 


Assistindo a “Xingu”, me veio à mente um filme excelente de 1986 estrelado por Robert De Niro chamado “A Missão”. Ainda que ali o objetivo dos desbravadores seja a catequização dos índios, ambos os filmes lidam com o assunto de preservação e proteção aos nativos, ameaçados pelo homem branco que invade suas terras. 

“Xingu” possui uma direção eficiente de Hamburger que, juntamente com as ótimas atuações de João Miguel (Cláudio Villas Boas), Felipe Camargo (Orlando Villas Boas) e Caio Blat (Leonardo Villas Boas), despertam nosso interesse para com a história conduzida com um ritmo ágil e envolvente. A fotografia e direção de arte também são outros detalhes notáveis na fita. 


Entretanto, a obra derrapa por pouco se aprofundar nos dramas que surgem em seu desenrolar. A história passa superficialmente soando mais como um resumo e não causa a emoção que poderia causar. Usando o artificio de manchetes de jornais, a trama é rapidamente passada e explicada frequentemente por esse mecanismo. 

Xingu” não é uma maravilha de filme, não é um “A Missão”, mas ainda assim, é uma obra competente do nosso cinema, bem realizada e que relata um assunto frequente até hoje em relação aos índios. Vale a pena conferir!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela


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