O INCRÍVEL BURT WONDERSTONE

The Incredible Burt Wonderstone-EUA

Ano: 2013 - Dirigido por: Don Scardino

Sinopse: Burt Wonderstone (Steve Carell) é um mágico bastante popular, que frequentemente apresenta seu show em Las Vegas. Entretanto, ele enfrenta sérios problemas quando, subitamente, perde seu parceiro de cena. Burt inicia uma busca para encontrar logo um substituto, já que terá que enfrentar seu maior rival, o também mágico Steve Haines (Jim Carrey). 

Que grande decepção! Essa foi a sensação que tive ao término de “O Incrível Burt Wonderstone”. O filme possui dois atores que gosto muito, um deles chamado Steve Carell que fez filmes ótimos filmes como “O Virgem de 40 Anos”, “Amor a Toda Prova” e “Agente 86”, por exemplo, e o outro é um ícone da comédia e um dos meus astros preferidos: Jim Carrey, estrela de sucessos como “O Máskara”, “O Mentiroso”, “Ace Ventura” e “Debi e Loide”. 

Mesmo com dois atores excelentes, este longa dirigido por Don Scardino (30 Rock) abusa da mediocridade e pouquíssimo do talento cômico desses dois astros. O problema começa já com a resolução do protagonista, o tal Burt Wonderstone (Steve Carell). Ele desde criança se apaixona por mágica e cresce com o desejo de se tornar um grande mágico. Faz parceria com um amigo de infância chamado Anton Marvelton (Steve Buscemi) e ambos tornam-se a sensação dos anos 90. Só que com o sucesso e o passar dos anos, ambos vão se distanciando um do outro e apenas agem profissionalmente. Burt torna-se um sujeito orgulhoso e antipático que deixou a fama e o dinheiro subir a cabeça.

Mas com os novos tempos, os truques de mágica de Burt e Anton ficam ultrapassados, e numa sociedade cada vez mais alienada pela mídia e sedenta pelo escracho, fazer coelhos sair de cartolas e desaparecer de um lugar a outro é coisa do passado. Eis que surge Steve Gray na pele de Jim Carrey. Um sujeito que se autodenomina o “Estuprador de Mentes” e dorme em cima do fogo, segura a urina por 12 dias, fura a cabeça com uma furadeira e outros números cada vez mais exagerados e nojentos exemplificando a mediocridade da sociedade atual. 

Com essa nova sensação da mágica, Burt Wonderstone acaba perdendo tudo ficando dependente de empregos em festas de aniversários e animando idosos em um asilo, até que lá conhece Rance Holloway (Alan Arkin), o mágico que o inspirou quando criança a seguir esse caminho. Portanto, o que eu disse no segundo paragrafo sobre o desenrolar da história do protagonista começa aí. Burt, de um sujeito egocêntrico e egoísta transforma-se em alguém quebrantado que reconhece os seus defeitos, mas o amadurecimento do personagem é tão rápido e sem profundidade que fica difícil acreditar que ele mudou tão rapidamente. Logo quando conhece o seu ídolo da infância no asilo, imediatamente Carell muda de personalidade. 

Já Jim Carrey se esforça buscando fazer o melhor daquilo que lhe é imposto. Mas ao fim, não consegue extrair do público as gargalhadas almejadas, simplesmente pelo roteiro usá-lo pouco e suas “melhores” cenas já terem sido apresentadas nos trailers, perdendo assim, o efeito durante o filme. 

Uma comédia que não consegue extrair um riso sequer, então não é uma comédia eficiente. E com dois atores como Steve Carell e Jim Carrey no elenco, a decepção é ainda maior. 

“O Incrível Burt Wonderstone” é uma mancha na carreira desses dois astros. Um filme que conduz erroneamente sua história e pouco usa o talento cômico de seu elenco. E quando usa, são em situações bobas e corriqueiras. Detestável!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela