El Último Elvis-ARGENTINA
Ano: 2011 - Dirigido por: Armando Bo
Elenco: John McInemy, Margarita Lopez
NOTA: «««««
Sinopse: O cantor Carlos Gutiérrez (John McInerny) é cover de Elvis e sempre viveu a vida do grande astro do rock como se fosse ele próprio reencarnado, negando a si mesmo. Só que ele se aproxima da idade que Elvis tinha ao morrer, e seu futuro se mostra vazio. Uma situação inesperada acaba por obrigá-lo a cuidar da sua filha Lisa Marie (Margarita Lopez), uma menina pequena que ele quase não vê. Nos dias em que fica com ela, Carlos experimenta ser realmente um pai e Lisa aprende a aceitá-lo como tal. Mas o destino lhe apresenta uma difícil decisão: em uma viagem de loucura e música, Carlos deverá escolher entre seu sonho de ser Elvis e sua família.
“O Último Elvis” fala através de uma ótima plot temas universais como: depressão, obsessão, família, responsabilidades, e de quebra, nos traz um relacionamento de pai e filha. Nosso personagem principal se chama Carlos Gutierrez, um fã obcecado por Elvis Presley que renegou sua verdadeira identidade para viver uma vida se passando pelo rei do rock. Carlos canta idêntico a Elvis, faz shows inspiradíssimos no cantor e vive como se fosse o verdadeiro Elvis, deixando de lado traços do Carlos, que no mundo real possui uma filha e uma esposa para criar.
Mas Carlos está chegando a um momento crítico de sua vida. Para alguém que sempre buscou andar conforme Elvis andava, Carlos está prestes há completar 42 anos, a idade em que Elvis morreu por overdose de medicamentos. O mais interessante no filme é que esse artifício servirá não apenas para adentrar nesse contexto da obsessão de um ser humano por outro, como explorar o saudosismo de certos fãs capazes de destruír suas vidas por alguém que mal conhecem.
O que me incomodou em “O Último Elvis” foi à superficialidade com que o filme trata o relacionamento de Carlos com sua filha e esposa, o que tira a intensidade no último ato. Carlos nunca foi um pai muito presente na vida da filha, até o momento em que a esposa sofre um acidente e ele precisa cuidar da criança. A partir daí o filme entra no relacionamento dos dois, mostrando não só um aparente amadurecimento da parte de Carlos, como uma quebra de gelo entre pai e filha. Mas ainda assim o que prevalece é a sua adoração por Elvis Presley, o que o leva a tomar certas atitudes extremas e fortes, prejudicando sua família. Mas o que poderia ter um impacto maior, não causa muito efeito pela maneira distante com que é explorado.
“O Último Elvis” é o primeiro filme de Armando Bo como diretor. Ele escreveu o roteiro de “Biutiful” e está trabalhando novamente com o diretor Alejandro Iñarritu no roteiro de “Birdman”, que será lançado ano que vem.
Comentário por Matheus C. Vilela
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