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sexta-feira, 26 de julho de 2013

WOLVERINE - IMORTAL (3D)

The Wolverine-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman, Tao Okamoto, Rila Fukushima

NOTA: «««««

Sinopse: Após matar Jean Grey (Famke Janssen) para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan (Hugh Jackman) decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva, como um ermitão. Deprimido, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio (Rila Fukushima). Ela foi enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida (Hal Yamanouchi), que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada. Yashima deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora (Svetlana Khodchenkova), uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todo tipo. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen (Hiroyuki Sanada) quanto da Yakuza, a máfia japonesa.


Wolverine não só tornou o ator Hugh Jackman conhecidíssimo mundialmente, como também tornou o personagem ainda mais querido por fãs e aqueles que não o conheciam. Com o fim da trilogia em 2006, era de se esperar algo derivado antes de investir em novas ideias com os X-Men, e como Wolverine é o mais popular dos mutantes do grupo, eis que tivemos em 2009 “X-Men Origens: Wolverine” que nos apresentava a criação do herói. 

Ainda que trouxesse um Hugh Jackman simpático e dando o melhor de si, “X-Men Origens: Wolverine” erra não só em perder o ritmo ao longo da história, como exagera na quantidade de personagens e derrapa na maneira infantil e errada que explora cada um deles, obtendo um resultado final frustrante e vergonhoso. Mas o personagem sem dúvida cativa o público e com a boa bilheteria arrecadada, a Fox decidiu investir em mais um filme do personagem, buscando agora algo mais violento e centrado na capacidade física do Wolverine numa história cujo interesse é trabalhar em cima da imortalidade do mutante.


O diretor Darren Aronofsky ("Cisne Negro") estava envolvido no projeto, mas largou a direção alegando que gostaria de ter mais tempo com a família. Após a desistência, quem assume o cargo é o eclético James Mangold, que dirigiu ótimos filmes como “Garota, Interrompida”, “Johnny e June”, “Os Indomáveis”, e por último, em 2010, o divertido “Encontro Explosivo” com Tom Cruise e Cameron Diaz. 

Mangold e Hugh Jackman, também produtor, transformam este “Wolverine Imortal” em um filme de ação equilibrado, com inúmeras lutas corpo a corpo aproveitando o instinto violento de Wolverine e não temos exageros de personagens como tivemos no anterior. 


Na história, após salvar um soldado japonês em Nagasaki durante a explosão da bomba nuclear no período da Segunda Guerra Mundial, anos mais tarde Logan/Wolverine é convidado por ele para viajar até o Japão e se despedir dele antes do seu falecimento. Chegando lá recebe a proposta da mortalidade, e descobre uma rede de interesses e mentiras que o colocarão ao extremo tanto do seu físico quanto do seu emocional. 

“Wolverine - Imortal” não têm sangue nem violência explicita, mas possui cenas de ação que mostram um Wolverine mais brutal, e diverte trazendo o personagem para um patamar mais humano que possibilita uma demonstração de força e vitalidade maior do que a dos outros filmes. Mas confesso que certas cenas poderiam ter sido melhores, mais longas e mais criativas. O insosso e sem graça final com o Samurai de Prata é rápido demais e não empolga. 


Outro problema é o ritmo e os rumos tomados pela história. Tudo bem que não temos aqui a confusão e cafonice do “X-Men Origens”, mas a fita perde a oportunidade de se aprofundar nas questões relacionadas ao personagem e à sua vulnerabilidade, e se contenta em ser um filme de fuga que insiste em colocar um interesse amoroso para o personagem, que além de sem química e não convencer, diminui o ritmo que ora fica lento demais e cansativo. 

Mas “Wolverine – Imortal” não é ruim. É competente, sombrio, sério e maduro na maneira como trata o personagem. Ainda não é aquele filme do Wolverine que podemos sair do cinema gritando “Uau!”. Até agora o mutante foi mais feliz junto com os X-Men que, aliás, durante os créditos, temos uma cena sensacional que prepara o caminho para o próximo filme da franquia: “X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido”, que marca a volta de Bryan Singer (“X-men” 1 e 2) a frente do universo que ele adaptou em 2000 e 2003. 


Já o 3D é tão desnecessário como na grande maioria dos filmes atualmente. Não vale a pena gastar mais dinheiro vendo o filme no formato.

Comentário por Matheus C. Vilela

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