Beautiful Creatures-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Richard LaGravenese
Sinopse: Cidade de Gatlin, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Ethan Wate (Alden Ehrenreich) é um estudante do terceiro ano do colegial, que não vê a hora de sair do local. Ele considera Gatlin uma cidade pacata demais, onde nada de interessante acontece, mas se vê preso ao local por ter que cuidar de seu pai, que não deixa o quarto desde que a esposa faleceu em um acidente de carro, um ano antes. Já há alguns meses Ethan é atormentado por sonhos misteriosos, onde vê uma garota desconhecida. Um dia, ele a encontra em sua sala de aula. Trata-se de Lena Duchannes (Alice Englert), uma jovem de 15 anos que está morando com o tio, Macon Ravenwood (Jeremy Irons), descendente da família que fundou Gatlin. O problema é que Macon e seus familiares têm fama de serem satanistas, o que faz com que boa parte da população da cidade se volte contra eles. Não demora muito para que Ethan se interesse por Lena, sem saber que ela e os integrantes de sua família possuem poderes. Eles precisarão lutar pelo amor que sentem um pelo outro, especialmente devido à uma maldição que assombra a união.
Seguindo a moda iniciada por “Crepúsculo”, eis aqui mais um romance adolescente com seres fantásticos. Dessa vez não são vampiros ou lobisomens, e sim, bruxas e bruxos e o amor de um mortal por uma imortal.
“Dezesseis Luas” segue uma tendência que deu muito certo, e por isso, obedece com minúcia cada elemento desse estilo de filme abusando dos clichês, do melodrama e da pieguice de seres super poderosos cada vez mais cafonas.
A obra é um emaranhado de situações mal explicadas e personagens tão insossos conseguindo superar os de “Crepúsculo”. O grande mérito dos realizadores deste “Dezesseis Luas” foram ter conseguido atores de ponta para encabeçar o elenco coadjuvante. Temos aqui atores de calibre como Jeremy Irons, Viola Davis e Emma Thompson, e ainda assim, cada um deles parece não entender o objetivo de seu respectivo personagem na história soando apagados e desinteressantes.
Emma Thompson faz aqui a vilã que por sinal é uma das mais sem graça dos últimos anos. Não é nem por culpa de Emma que se esforça e abusa da caricatura com gosto, porém, o real problema é justamente o pouquíssimo aprofundamento da história nesses personagens. O time do mal é tão fraco e parado que é impossível sentir alguma temeridade ao longo do filme. Em “Crepúsculo” os Volturi ao menos faziam alguma coisa, já aqui, parecem àquelas bruxas dos filmes da Xuxa, só tem aparência e dão risadas, mas não fazem nada de relevante.
Do mesmo modo a importância de Viola Davis, Jeremy Irons, Emmy Rossum e Eileen Atkins é discutível já que estão ali apenas para preencher espaço.
Se em “Crepúsculo” a discussão do casal envolvia o quesito imortalidade, em “Dezesseis Luas” o problema é o fato da protagonista, uma bruxa de 15 anos, receber o chamado para as trevas ao completar 16. Daí se ela conseguirá vencer esse chamado e permanecer na luz é o X da questão. Porém, é incrível como os roteiristas mal conseguem delinear com precisão como funciona todo esse universo, ou como ela é capaz de vencer as trevas e dentre outras situações que são jogadas para o público de qualquer jeito e resolvidas com motivos que surgem do nada. Parece aqueles filmes de ação onde a solução só aparece na hora H inesperadamente.
Agora, “Dezesseis Luas” têm algo que gostei muito e acho bem melhor que “Crepúsculo” e derivados: os atores protagonistas! Tudo bem que o filme é uma porcaria e não ajuda muito, porém, Alice Englert e Alden Ehrenreich são bem mais simpáticos e expressivos que Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner. Principalmente Alden que diverte e convence na pele do homem mortal apaixonado. Ao menos nisso "Dezesseis Luas" conseguiu acertar.
Mas ainda assim o filme é um tormento mal explicado, conduzido e sem clímax algum. Duas horas intermináveis de desperdício de dinheiro, tempo e bons atores.
Nota: «««««
Comentário por Matheus C. Vilela
0 comentários:
Postar um comentário