The Croods-EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Chris Sanders e Kirk DeMicco
Sinopse: Em plena era pré-histórica, escondidos na maior parte do tempo dentro de uma caverna, vivem Grug (Nicolas Cage / Hércules Franco), a esposa Ugga (Catherine Keener / Bárbara Monteiro), a vovó (Cloris Leachman / Mariângela Cantú), o garoto Thunk (Clark Duke / Fred Mascarenhas), a pequena e feroz Sandy (Randy Thom / Pâmela Rodrigues) e a jovem Eep (Emma Stone / Luísa Palomanes). Eles são os Croods, uma família liderada por um pai que morre de medo do mundo exterior. Só que grandes transformações estão para acontecer, pois a adolescente Eep acaba conhecendo o também jovem Guy (Ryan Reynolds / Raphael Rossatto) e ele vai apresentar um incrível mundo novo, para o desespero do paizão protetor. Agora, juntos, eles vão enfrentar grandes desafios e se adaptar a uma nova e divertida era.
Desde quando saíram os trailers e fotos de “Os Croods” já fiquei ansiosíssimo para assistir ao filme. E já via ali uma próxima potencial franquia de sucesso para os estúdios Dreamworks, que são os responsáveis por obras como “Shrek”, “Kung Fu Panda” e “Madagascar”.
A Dreamworks teve sempre um foco no humor e naquele típico e divertido filme família. “Shrek” apresenta uma acidez deliciosa para com o mundo dos contos de fadas, “Kung Fu Panda” nos leva para o mundo do kung fu juntamente com um dos melhores protagonistas criados pela empresa, afinal, a Dreamworks cria personagens fortes, marcantes, principalmente os coadjuvantes que se destacam e que ganham muito mais fama que os próprios protagonistas.
Só que, por apostar muito em continuações e na comédia, muitas vezes as histórias vão ficando cada vez mais desinteressantes e bobas, gerando obras descartáveis como “Shrek Terceiro”, “Shrek Para Sempre”, “Os Sem Floresta”, “Bee Movie” e “O Gato de Botas”. “Madagascar” já considero uma exceção pois a proposta da franquia desde o inicio foi se mantendo ao longo dos filmes e ficando cada vez melhor, mais nonsense e engraçado, por isso que gosto muitos dos três filmes.
Porém, nesses últimos anos pra cá confesso que estou ficando impressionado com o estúdio cujo um dos fundadores é Steve Spielberg. A Dreamworks nos brindou em 2010 com o melhor e mais emocionante de seus filmes chamado “Como Treinar o Seu Dragão” e com o tocante e original “A Origem dos Guardiões” ano passado. Sem falar de obras como “Megamente” e “Monstros vs. Alienígenas” que são prazerosos de se assistir e cheio de homenagens e referências, respectivamente, ao mundo dos monstros e dos super heróis.
Mas falando, enfim, sobre este “Os Croods”, a Dreamworks acerta a mão novamente com os personagens e nesse novo universo que somos introduzidos de um mundo em transformação na época das cavernas. E quando digo que é uma próxima potencial franquia é porque temos aqui personagens marcantes e interessantes que nos faz se interessar por cada um deles ao longo de todo o filme.
O visual também é outro destaque soberbo do longa. Um Terra com criaturas fantásticas, uma flora gigante e estilizada inspirada nitidamente nos livros de Julio Verne e até no recente “Avatar”. Cena após cenas temos esse maravilhoso trabalho técnico com paisagens minuciosamente criadas, cheio de cores e originalidade. Um mundo não só diferente, como marcante que desperta nosso interesse em conhecê-lo cada vez mais. Assim como os personagens estão descobrindo mais sobre ele, como o fogo e a chuva, por exemplo, estamos também sendo introduzidos nesse universo fantástico e curioso.
Agora, o que pode prejudicar este “Os Croods” é justamente a falta de um objetivo melhor para os personagens. O mundo está acabando, na realidade em transformação com a divisão dos continentes, mas os personagens não sabem disso, porém, passar o filme inteiro fugindo da destruição e deixar o público sem saber aonde vai dar tudo aquilo, a sensação que fica é de algo mal explicado. Com isso, “Os Croods” fica um filme sem meta, sem proposito. O foco é o amadurecimento dos personagens, que por sinal não é irritante, do visual, e claro, do ótimo humor presente ao longo de todo o filme.
Portanto, a jornada dessa família é impossível não se entregar a ela. Ainda que com uma história bem simples, “Os Croods” é divertido, belíssimo e com um final bem desenvolvido que toca na gente. E personagens que deixam saudades e aquele gostinho de quero mais.
Nota: «««««
Comentário por Matheus C. Vilela
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