Oz: The Great and Powerful-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Sam Raimi
Sinopse: Oscar Diggs (James Franco) trabalha como mágico em um circo itinerante, é bastante egoísta, mas é seu envolvimento com mulheres que o acaba levando para uma mágica aventura na Terra de Oz. Chegando lá, ele conhece a bruxa Theodora (Mila Kunis), que o apresentar para a irmã Evanora (Rachel Weisz). Acreditando que estaria fazendo um bem para a população local, ele decide enfrentar a bruxa Glinda (Michelle Williams), mas descobre que ela lembra um amor do passado e seu comportamento em nada se assemelha ao de alguém realmente malvado. Dividido entre saber quem é do bem e quem é do mau, Oscar se depara com um lugar rico em belezas, cheio de riquezas, estranhas criaturas e também mistérios. Vivendo este conflito, o ilusionista vai usar sua criatividade para salvar o tranquilo povo de Oz das garras de um poderoso inimigo. Para isso, contará com a inusitada ajuda de Finley, o macaco alado, e uma menina de porcelana.
O filme “O Mágico de Oz”, de 1939, é uma das obras mais aclamadas e idolatradas do cinema norte americano. Um clássico que não envelhece onde não só temos uma abordagem politica discreta em sua trama, como também um mundo todo novo introduzido com competência e beleza por Victor Fleming. Baseado no livro de L. Frank Baum, que com o enorme sucesso escreveu mais treze exemplares sobre o mágico Oz antes de falecer em 1919.
Este filme intitulado “Oz – Mágico e Poderoso” ocorre antes dos acontecimentos mostrados no longa de 1939 mostrando como Oscar, ou Oz para os amigos, chegou a terra de Oz posteriormente visitada por Dorothy. O longa começa com uma sequencia em preto branco, assim como no clássico, apresentando o personagem título e o seu caráter duvidoso. Vemos que Oscar trabalha em um circo itinerante como mágico e é aquele tipo desonesto que mente para as garotas e busca tirar sempre a melhor. Depois de chegar ao mundo de Oz levado por um tornado, assim como Dorothy foi, veremos com o desenrolar da história a evolução desse personagem que aprenderá muito sobre valores e toda aquela paleta de lições de moral típica desses filmes.
Dirigido por Sam Raimi, que dirigiu a trilogia do Homem Aranha e “Arraste-me Para o Inferno”, um diretor por sinal que gosto muito, “Oz – Mágico e Poderoso” busca repetir o mesmo sucesso obtido pelo “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton. É impossível ver esse filme e não comparar com o megassucesso de 2010. E é impossível também não se lembrar de Burton aqui.
Mesmo não sendo um dos trabalhos mais autorais e originais de Tim Burton, querendo ou não o diretor deixou sua marca ali. Ter o mesmo produtor e Danny Elfman na trilha sonora não deixa dúvidas em relação a isso. Desde os cenários todos digitais, o visual deste filme é deslumbrante lembrando muito um país das maravilhas. Altamente colorido, a Oz de Raimi não só respeita o filme clássico como também usa bem a tecnologia de hoje para transmitir toda a magia desse mundo, com paisagens belíssimas que engrandecem mais ainda o que já era visto como grandioso lá em 1939. Imagina hoje então!
Porém, assim como em “Alice no País das Maravilhas”, “Oz – Mágico e Poderoso” acaba sendo um filme só de visual e oco por dentro. Claro que Burton e Raimi possuem certas diferenças no modo de conduzir a história, enquanto um busca o tom sombrio e o humor insano, o outro já investe mais na fofura e na magia daquele mundo, criando um clima leve e inocente. Mas ambos erram no ritmo que oscila entre o ligeiro e o arrastado, e em um clímax fraco que não condiz com o poder de cada um dos personagens ali presentes. Muito rápido e sem empolgação.
O elenco deste “Oz” é composto por atores talentosos que acabam sendo mal usados e não transmitindo o carisma que deveriam. O time de atrizes é excelente com Michelle Williams, Mila Kunis e Rachel Weisz, todas lindas e bem vestidas, mas todas sem graça e pouco divertidas como as bruxas. Já James Franco como Oz soa caricato e engessado na pele do garanhão cafajeste e desonesto. Não achei sua pessoa muito natural aqui. De fato não possui o carisma de um Johnny Depp para tiradas cômicas, aliás, Depp seria uma boa escolha para o mágico Oz já que o ator consegue misturar bem o jeito galante com o interesseiro e sarcástico. Sem falar que é bem mais expressivo que Franco.
Agora, além do visual impecável, outra grande qualidade da fita é o respeito que ela possui para com os livros de Baum e principalmente com o filme de 1939, recriando de forma idêntica a Cidade de Esmeraldas e outros locais parecidíssimos com “O Mágico de Oz”, e mantendo o visual verde e de nariz pontudo de uma das bruxas, visual este que foi criado unicamente para o clássico estrelado por Judy Garland.
Tecnicamente impecável e visualmente deslumbrante, “Oz – Mágico e Poderoso” é uma experiência vazia e descartável.
Nota: «««««
Comentário por Matheus C. Vilela
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