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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

NoCinema: FRANKENSTEIN - ENTRE ANJOS E DEMÔNIOS

I, Frankenstein-EUA
Ano: 2014 - Dirigido por: Stuart Beattie
Elenco: Aaron Eckhart, Bill Nighy, Yvonne Strahovski

NOTA: «««««

Sinopse: Versão moderna da história do cientista Frankenstein e de seu monstro. Desta vez, a criatura participa de uma longa e sangrenta batalha entre dois grupos que se opõem há séculos.


Não sou admirador ou fã da franquia “Anjos da Noite”, que já teve quatros filmes que não foram mega sucessos mas seguiram na média com o seu público estabelecido, e agora, querendo criar uma nova franquia, eis que os realizadores da franquia de vampiros contra lobisomens foram buscar na clássica história de Mary Shelley a inspiração para compor um Frankenstein moderno, galã e com nada dos traços monstruosos da obra literária. 

Aliás, querer discutir este “Frankenstein – Entre Anjos e Demônios” relacionando com o livro de Shelley é um tanto quanto desrespeitoso a autora de uma das maiores obras literárias já escritas. Primeiro porque este filme apenas se utiliza do nome e do argumento da criação do monstro para criar uma história completamente diferente envolvendo batalhas celestiais entre demônios e anjos que comprometem o destino do mundo enquanto que Frankenstein fica no meio do fogo cruzado sendo almejado pelas criaturas de Satã como material de estudo, enquanto os anjos, por outro lado, querem fazê-lo encontrar seu propósito na vida e impedir a destruição global. 


Na realidade as intenções dos “anjos” (que olha, nunca vi criaturas celestiais com uma aparência tão demoníaca como aqui!) nunca são explorados a fundo. As reviravoltas do roteiro que colocam o protagonista contra os anjos soam tão bagunçadas e mal explicadas que não nos convencemos dos motivos para se chegar a um confronto físico. Determinada cena temos Frankenstein lutando ao lado dos demônios contra os seres celestiais, e instantes depois o vemos confrontar o líder dos demônios Naberius, interpretado pelo sempre carismático Bill Nighy. É uma dança entre os dois lados sem propósito, e Frankenstein nunca se mostra convencido do que de fato deseja. 

Diferente dos demônios cujas motivações em querer possuir Frankenstein e entender melhor sua criação são apresentadas com mais explicações fazendo sentido existirem demônios na história, as criaturas divinas se mostram apenas uma complemento insosso, existente apenas para se ter o embate entre a famosa luta entre o bem e o mal. 


Mas ainda assim, “Frankenstein – Entre Anjos e Demônios” é um derivado de “Anjos da Noite” escancarado. A produção apenas troca vampiros e lobisomens para colocar outros seres enquanto que o objetivo, no fim, não deixa ser o mesmo: a busca por vingança e respostas. E tudo com o mesmo tom sombrio, escuro, o mesmo ritmo de ação que reforça ainda mais a marca dos “produtores de Anjos da Noite”. Filme fraco!

Comentário por Matheus C. Vilela

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