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segunda-feira, 20 de maio de 2013

HOLY MOTORS

Holy Motors-FRANÇA
Ano: 2012 - Dirigido por: Leos Carax

Sinopse: Oscar (Denis Lavant) transita solitário em vidas paralelas, atuando como chefe, assassino, mendigo, monstro, pai... Mergulha profundamente em cada um dos papéis e é transportado por Paris e arredores em uma luxuosa limusine, comandada pela loira Céline (Edith Scob). Ele é um homem em busca da beleza do movimento, da força motriz, das mulheres e dos fantasmas de sua vida.


“Holy Motors” é um filme que vai ser difícil conquistar o grande público. Isso por ser uma obra complicada não na questão de entender sua história, pois o filme não possui de fato uma trama linear, mas em fazer as pessoas entenderem a sua intenção e objetivo, e o que o longa deseja falar com aquilo tudo. 

Dirigido por Leos Carax ("Sangue Ruim", "Tokyo"), Carax faz aqui um grande estudo sobre a vida e o cinema. O filme já inicia-se com o protagonista chamado Oscar, interpretado sublimemente por Denys Tenant, que acorda de um sonho, abre uma porta secreta no local onde se encontra, vai andando por um corredor, abre outra porta e estamos dentro de um cinema. O lugar onde se realizam os sonhos e o impossível, e isto é justamente o que Carax irá explorar. 


“Holy Motors” mostra a experiência que temos de viver um filme dentro de um filme. Oscar é um sujeito que diariamente possui inúmeros “compromissos”, sendo estes momentos onde se passa por diferentes personagens, por isso a trama não linear da fita. O que temos aqui é uma mescla de diferentes gêneros cinematográficos interpretados por uma única pessoa, ou melhor, seriam esquetes onde Oscar interpreta tipos como: assassino, pai de família, monstro, músico, etc. 

Mas a questão é que Carax aproveita isso para no desenrolar disso tudo abrir questões como a importância da imagem no cinema, a geração atual movida pela facilidade que a tecnologia proporciona e como isso tem afetado o público, tanto que quando Oscar entra na sala de cinema no inicio o que temos é uma plateia dormindo diante da grande tela. Mas nunca essas questões são muito aprofundadas, abrindo uma deixa para o público interpretar tais imagens da maneira como desejar. 


Portanto, “Holy Motors” é sem dúvida um material original, único. Denis Lavant está um assombro como Oscar e nas demais performances. O filme é para poucos. Particularmente, achei uma obra envolvente, interessante e excelente para avaliar com mais detalhes ao longo do tempo. Uma de minhas sequencias prediletas é o momento musical nos instantes finais do filme, principalmente por um se grande fã desse gênero. 

O cinema é o único meio de viver vidas diferentes? Bem, pode até não ser o único, mas o que Leos Carax faz questão de mostrar é que o cinema é o mais belo e mágico meio de transporte para as mais diversas experiências da vida.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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