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terça-feira, 14 de maio de 2013

O DOBRO OU NADA

Lay the Favorite-EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Stephen Frears

Sinopse: Beth Raymer (Rebecca Hall) é uma sonhadora incorrigível que trabalha como dançarina em uma casa de striptease em Tallahassee. Sua vida muda quando conhece Dink Heimowitz (Bruce Willis), um dos jogadores mais conhecidos da atualidade, que participará de um campeonato de pôquer em Las Vegas. Beth logo se torna sua assistente, mas precisa lidar com as ameaças da esposa de Dink, Tulip (Catherine Zeta-Jones), uma showgirl aposentada.


Não consigo acreditar que este “O Dobro ou Nada” é dirigido por Stephen Frears, um diretor que nos presenteou com obras marcantes como “A Rainha”, “Alta Fidelidade” e “Ligações Perigosas”, mas que aqui, mostra uma total falta de ritmo e profundidade no desenvolvimento de sua história. 

O filme tem como pano de fundo o lucrativo, mais imprevisível, mercado de apostas em jogos dos EUA. E o foco da história é uma moça bonita chamada Beth que chega a Las Vegas para mudar de vida. Com um estilo, digamos, de “piriguete”, esta moça interpretada desastrosamente por Receba Hall, coincidentemente, é boa com números e consegue um trabalho com um dos apostadores mais famosos da cidade, Dick (Bruce Willis). Ela vai começar a se interessar por Dick, despertando assim os ciúmes de sua esposa perua Tulipa (Catherine Zeta-Jones). 


O primeiro grande problema da fita é por soar totalmente falsa para o público. A falta de profundidade nos acontecimentos e em seus personagens torna a experiência distante e banal. Nunca nos convencemos de que Beth é realmente boa com números, e quando entra para o mercado de apostas, seu crescimento é tão rápido e mal explicado que fica difícil acreditar que uma pessoa que nunca trabalhou com aquilo, de um dia para o outro consiga tamanho feito. 

E como se não bastasse, a trama entre Beth, Dick e Tulipa é tão descartável e exagerada, que nada acontece de fato para ocorrer tamanho dramalhão. Tudo para chegar num final repleto de lições de moral transmitidas do jeito mais melodramático e maniqueísta possível. 


Stephen Frears, sem dúvida, realiza um de seus piores trabalhos. Um diretor que não apresenta aqui nada do que realmente sabe fazer, conduzindo uma história oca, com personagens fúteis em um filme para se esquecer. 

Poderia até ser interessante se o roteiro adentrasse mais no universo das apostas, mostrando melhor como funciona, o jogo de interesses e tudo que corre por trás desse mundo, entretanto, o foco acaba sendo a desinteressante e descartável Beth. Nem a frase “Por incrível que pareça, está história é baseada em fatos reais.” traz alguma credibilidade ao filme

Nota:  «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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