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quarta-feira, 24 de julho de 2013

AQUI É O MEU LUGAR

This Must Be The Place-EUA
Ano: 2011 - Dirigido por: Paolo Sorrentino
Elenco: Sean Penn, Francis McDormand, Judd Hirsch

NOTA:  «««««

Sinopse: Cheyenne (Sean Penn) é um astro da música de 50 anos de idade, afastado dos palcos há mais de duas décadas. Deprimido e refém de sua própria fama, ele vive de renda, deprimido e angustiado. Quando recebe a notícia que seu pai, que não vê há 30 anos, está muito doente, resolve visitá-lo em Nova Iorque, mas chega tarde demais. Decidido a encontrar aquele que foi o algoz do seu pai nos tempos da guerra, no campo de concentração de Auschwitz, ele sai em busca pelos Estados Unidos numa viagem de descoberta pela América.


Dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino, de filmes como “O Crocodilo” e “O Divo”, “Aqui É O Meu Lugar” possui um começo interessantíssimo e Sorrentino realiza uma narrativa singela ao som de uma trilha delicada nos apresentando esse personagem excêntrico e depressivo de Sean Penn, um astro do rock de meia idade aposentado que lembra e muito no visual Johnny Depp em seu “Edward Mãos de Tesoura”, ou artistas do rock n’ roll como Ozzy Osborne e Alice Cooper. 

Mas esse começo fabuloso e muito interessante se esvai ao longo do filme que se perde sobre que caminho seguir. Penn interpreta um astro conhecido do rock chamado Cheyenne, que após dois jovens se suicidarem por causa de suas canções, se retrai e abandona o mundo da música transformando-se em um ser humano recluso, fechado e inexpressivo. As únicas pessoas que possui no mundo são sua esposa e uma amiga apaixonada pelo seu trabalho e com quem se sente muito a vontade de estar junto. 


Após receber a noticia que seu pai, que não via há 30 anos, faleceu nos Estados Unidos, Cheyenne viaja para o velório e inicia uma busca por um antigo algoz de seu pai nos tempos da Segunda Guerra Mundial dando partida numa jornada de descobertas sobre si e sua família.

Como falei anteriormente “Aqui É O Meu Lugar” começa de um jeito não só interessante em relação ao personagem de Penn como extremamente prazeroso de se assistir. O problema começa quando Penn viaja para o velório do pai nos EUA e inicia essa busca mal explorada e pouco convincente que, diga-se de passagem, não acrescenta em nada ao personagem e pouco ajuda em torná-lo mais significativo. 


Perdido ao longo do caminho e sem nunca definir os reais problemas de Cheyenne, o que tira o impacto do final, “Aqui É O Meu Lugar” seria mais emocionante se centrasse unicamente nas razões que fizeram de Cheyenne um ser humano tão amargurado, e como essa morte do pai pode despertar sentimentos há muito tempo escondidos por ele. 

Ao final não conhecemos nada sobre Cheyenne e pouco sentimos sua mudança ao longo da história. Uma pena já que Penn está excelente e o elenco de apoio formidável.

Comentário por Matheus C. Vilela

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