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sábado, 20 de julho de 2013

TURBO

Turbo-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: David Soren
Elenco: Ryan Reynolds, Paul Giamatti, Michael Peña, Snoop Dogg.

NOTA: «««««

Sinopse: Theo (voz original de Ryan Reynolds) é um caracol de jardim, que passa o dia com outros caracóis, colhendo tomates e torcendo para não ser capturado por aves predadoras. Apesar da vida pacata, este jovem animal sonha em se tornar extremamente veloz, como o seu ídolo, o corredor campeão de Indianápolis Guy Gagné (voz original de Bill Hader). A obsessão pela velocidade faz que com Theo seja ridicularizado pelos colegas. Um dia, no entanto, ele cai acidentalmente dentro do motor de um grande carro de corrida, e um efeito inesperado acontece em seu corpo, fazendo com que ele se torne extremamente veloz. Rebatizado Turbo, o caracol encontra abrigo na casa de Tito (voz original de Michael Peña), um vendedor de comida mexicana conhecido pelos planos inusitados e que quase sempre dão errado. Surpreso com a velocidade de Turbo, Tito decide levá-lo à corrida de Indianápolis, para competir com Guy Gagné.


A DreamWorks desde que surpreendeu em 2010 com “Como Treinar O Seu Dragão”, vêm mostrando uma sensibilidade nunca antes vista. Considerada uma empresa mais voltada para trabalhos cômicos e em continuações, a DreamWorks vêm realizando obras notáveis como “Kung Fu Panda 2”, que consegue superar o original, “A Origem dos Guardiões” e o mais recente “Os Croods”, filmes que não só trazem uma ótima dose de diversão, como conseguem transmitir uma emoção surpreendente em sua história. 

Se um dos principais objetivos do cinema é nos fazer viver situações que na vida real seriam totalmente impossíveis de se viver, nada melhor do que as animações para proporcionar uma liberdade maior nesse quesito. Ainda que a trama de “Turbo”, mesmo sendo um desenho, seja algo difícil de engolir, procurei se desvencilhar de todo e qualquer desconforto e embarcar de cabeça nesta que é a nova animação da DreamWorks. 


”Turbo”, de fato, não possui a profundidade dos filmes citados no começo desse texto, ainda que busque emocionar com a trajetória do personagem principal: um caracol que sofre uma mutação e torna-se extremamente veloz e que sonha em competir na corrida de Indianópolis. Aparentemente não existe lógica ou possibilidade alguma de um caracol competir numa corrida ao lado de carros velocíssimos, portanto, o filme parte dessa lógica para falar de perseverança e aquela velha mensagem de nunca desistir dos nossos sonhos, mesmo que o mundo inteiro não nos apoie. 

Confesso que minha expectativa estava zero para este filme. A história não me convencia, e ainda não convence, e isto me deixava relutante em relação ao meu envolvimento com a fita. Mas “Turbo” não é ruim e consegue ser melhor do que esperava. Não é uma maravilha ou um dos filmes mais divertidos do estúdio, mas o caracol protagonista é uma figura tão carismática, confiante e perseverante, que é impossível não se identificar com tal figura. 


Os personagens coadjuvantes não surpreendem e não temos nenhum que fique na memória, e olha que a DreamWorks é ótima para criar personagens secundários inesquecíveis. Mas dentre eles destaco o irmão de Turbo chamado Chet, um caracol responsável, preocupado com a segurança e que bate de frente com as idéias do seu irmão sempre otimista e elétrico, mas ainda assim, Chet nunca deixa de amá-lo e protegê-lo. A relação dos dois é a mais gratificante de todo o filme, que traz de maneira muito convincente e envolvente esse relacionamento de irmão. 

Portanto, deixe de lado o pessimismo em relação à ideia de ter um caracol correndo numa corrida de automobilismo e embarque nessa nova viagem da DreamWorks que não faz um dos seus melhores trabalhos, mas nos entrega um filme agradável, divertido com mensagens bacanas e positivas.

Comentário por Matheus C. Vilela

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