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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

HANNA

Hanna/EUA
Ano: 2010    -  Dirigido por: Joe Wright


A carreira de Joe Wright até agora está impecável. Alcançando o reconhecimento da critica com o ótimo Orgulho e Preconceito, depois dirigindo sua obra prima Desejo e Raparação e, mais recentemente, lançando um drama não tão emocionante mais não menos envolvente chamado O Solista, Wright muda de gênero e surpreende com este thriller de suspense e ação estrelado por Saoirse Ronan e com Cate Blanchett e Erica Bana no elenco.

O filme procura nos mostrar, primeiramente, como se encontra nossa personagem principal. Morando com o pai (um ex agente do FBI) em um ponto escondido da Finlândia, Hanna mostra-se ser uma garota diferente. Com força, resistência e instintos apurados, Hanna é constantemente treinada por seu pai com a finalidade de cumprir uma missão que a levará para a Europa e partes da África. Até o momento, o roteiro procura não abrir muito do porque de tudo isso, de sua exclusão do mundo e os motivos disso. Vamos descobrir os motivos e as respostas que envolvem o passado da garota e de seu pai com o decorrer do filme, aonde Wright vai nos conduzir por perseguições, fugas e lutas corpo a corpo sem abrir muito o jogo.


A resolução causa surpresa, mas não chega a impactar. O filme esconde, esconde, mas ao revelar chega a ser rápida e pouco explorada a cena. Algo como “é isso e isso” e tudo bem. Entretanto, confesso que, apesar das revelações não causarem o impacto que poderiam, Joe Wright consegue prender nossa atenção amarrando muito bem essa trama, colocando a câmera no lugar certo nos momentos de luta, e ainda, não abusa de closes ou mesmo da trilha sonora. O grande mérito de Wright é conseguir fazer com que a expectativa seja mais atraente do que propriamente os socos e seqüências bem coreografadas.


Portanto, Hanna é um ótimo exemplar de thriller de ação e suspense. Explorando bem os dramas da personagem e conseguindo segurar a atenção do público, o filme empolga e impressiona. Não chega a ser um clássico, mas em meio há tanta futilidade hoje em dia uma obra de condução firme e ação inteligente sempre é bem vinda.

Nota: «««««
Comentário por Matheus C. Vilela

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