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segunda-feira, 3 de junho de 2013

PARKER

Parker-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Taylor Hackford

Sinopse: Parker (Jason Statham) é um talentoso ladrão que é traído por pessoas de seu grupo e acaba quase morto. Ele, no entanto, acaba sobrevivendo ao atentado e despertará disposto a se vingar dos bandidos. Conhecendo o plano para um importante roubo na Flórida, Parker se passa por um milionário em busca de um imóvel na região. É quando conhece Leslie (Jennifer Lopez), uma corretora de imóveis em dificuldades financeiras que acaba se metendo no meio dos planos do criminoso.


Assim como Sylvester Stalonne, Arnold Schwarzenegger e outros grandes ícones do cinema de ação, Jason Statham vem construindo aos poucos o seu legado no gênero consolidando-se como o astro dos filmes “testosterona” do século XXI. Sua presença em filmes como “Os Mercenários” e chamado para ser o próximo vilão do sétimo “Velozes e Furiosos”, cuja aparição durante os créditos fez o cinema ir a loucura, são mais do que provas de que o ator conseguiu o seu lugar ao sol e no hall dos astros de ação que serão lembrados anos mais tarde. 

Mas nem toda a simpatia de Statham é capaz de fazer funcionar esta decepção chamada “Parker”, dirigido por Taylor Hackford, que comandou o envolvente “Advogado do Diabo” e o muito bom “Ray”, porém, faltou em Hackford e ao roteirista John J. McLaughin, a competência em criar um personagem icônico, temido por todos e bom de briga. 


Parker é um ladrão profissional que preza pelo valor da palavra de um homem e os princípios. Nunca mata inocentes, rouba apenas daqueles que têm muito a oferecer e nunca faz um serviço pensando em puxar o tapete do contratante ou daqueles que trabalharão com ele. Mas quando alguém muda o combinado, ele não deixa passar em branco. 

Observando a campanha de marketing do filme, desde trailers até o próprio nome do longa, “Parker” busca engrandecer a figura de um homem tornando-o aquele personagem durão com frases de efeito que o fará entrar no imaginário popular. Coisas como aconteceram com Rambo, John McLane e Chuck Norris. Entretanto, confesso que esperava mais não só do personagem Parker, como também de seus atos no filme “Parker”. 


Com uma trama nada original, mas eficiente com elementos do cinema de “ação testosterona” que o público gosta, o grande problema é a falta de empolgação das sequencias de ação, que são comuns e sem nenhum grande momento chave que nos faça lembrar-se de Parker, e também pela presença mal colocada de Jennifer Lopez na história. 

Lopez é uma corretora de imóveis que conhece Parker, descobre os seus segredos e surgirá como uma aliada nos planos de vingança do protagonista. Mas durante duas horas de duração não a vemos acrescentar nada a trama. Acaba sendo útil apenas como a “donzela em perigo” nos instantes finais forçando o protagonista a agir para salvá-la. Também não sentimos química entre os dois atores, e nem como interesse amoroso é bem usada já que tudo se torna broxante por sabermos que Parker já tem alguém, e como um homem fiel aos seus princípios, fica claro que não irá trocá-la pela personagem de Lopez. Por fim, totalmente banal sua presença ali. 


Portanto, faltou em “Parker” melhor elaboração na construção da imagem do “herói” de ação. Faltaram cenas de ação mais criativas e memoráveis. Quando termina, a impressão deixada pelo protagonista Parker, e o filme, é a de ser apenas mais um entre a multidão.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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