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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MACHETE MATA

Machete Kills-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Robert Rodriguez
Elenco: Danny Trejo, Mel Gibson, Charlie Sheen

NOTA: «««««

Sinopse: Em uma nova missão, desta vez a pedido do próprio presidente dos Estados Unidos, Machete terá o desafio de derrotar um perigoso líder de um cartel, que ameaça o governo com ataques nucleares.


Um filme que numa cena de nudez pede para você colocar os óculos 3D através de uma legenda enorme, é sem dúvida um filme que não se leva a sério e pede para o público tão pouco. O primeiro “Machete” de 2010 ganhou os seus admiradores com o seu tom trash, cenas de ação sanguinolentas e um protagonista bruto e pegador. Robert Rodriguez ama esse estilo e faz uma referência ao icônico cinema de ação setentista e oitentista que trazia personagens como Rambo e Braddock em situações extremas onde escapavam matando todos usando o minimo possível de armamento.  

O problema do primeiro “Machete” é que mesmo possuindo a pegada trash e se mostrando um filme apenas para entretenimento, ainda assim era um filme que se levava a sério em alguns momentos e buscava ter certa profundidade com a trama central, envolvendo cartéis e políticos corruptos. O que depois de certo tempo tornava o filme cansativo e pouco inspirado. 


Já nesta continuação não temos isso. Robert Rodriguez assume de vez que “Machete” é uma galhofa geral e exagera em todos os quesitos neste segundo filme. Leva o herói para o espaço, cria um vilão com planos de destruição mundial envolvendo bombas nucleares e apetrechos de alta tecnologia, e isso, aparentemente vergonhoso, só faz o filme ter um resultado muito mais divertido, e engraçado, principalmente porque ele próprio se assume uma comédia trash sem nexo com a realidade ou congruências narrativas. 

Charlie Sheen como presidente dos Estados Unidos. Mel Gibson como o vilão que quer destruir a humanidade, e Cuba Gooding Jr., Antonio Banderas, Lady Gaga e Walton Goggins interpretando um personagem chamado O Camaleão, que muda, literalmente, de corpo quatro vezes ao longo do filme para esconder sua real identidade. E injetar sci-fi numa história de Machete levando o personagem para o espaço e fazer este lutar com Mel Gibson ao moldes “Star Wars“, ou colocar frases do tipo “Eu arranquei suas bolas com os meus dentes!” no roteiro, só comprovam a real intenção dos realizadores de “Machete Mata”. 


Se visto com esses olhos, olhos de ser uma comédia de ação trash, pode ter certeza que “Machete Mata” é um exemplar de qualidade do gênero. Não é todo dia que temos um trash feito com uma quantia boa de dinheiro e um elenco de astros de Hollywood. Resta aguardar a continuação “Machete Mata De Novo!” para conhecer a conclusão da batalha épica entre o bem e o mal... no espaço! Yeah!!!

Comentário por Matheus C. Vilela

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