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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DURO DE MATAR - UM BOM DIA PARA MORRER

A Good Day to Die Hard-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: John Moore

Sinopse: 
Nova York, Estados Unidos. O policial John McClane (Bruce Willis) está em busca de informações sobre o filho, Jack (Jai Courtney), com quem não fala há alguns anos. Com a ajuda de um amigo, ele descobre que Jack está preso na Rússia, acusado de ter cometido um assassinato. John logo parte para o país na intenção de rever o filho e, pouco após chegar, acaba encontrando-o em plena fuga do tribunal onde seria julgado. Jack está com Yuri Komorov (Sebastian Koch), um terrorista que diz ter em mãos um dossiê que pode incriminar um potencial candidato à presidência russa, Chagarin (Sergey Kolesnikov). Ele não gosta nem um pouco de reencontrar o pai, mas a insistência de John em ajudá-lo acaba, aos poucos, quebrando o gelo entre pai e filho.


Sempre deixei bem claro de como me preparo para assistir a um filme de ação do chamado “testosterona”. Vou em busca de empolgação e muita mentira! Amo mentirada no cinema, afinal, esse não é um dos prazeres que a Sétima Arte é capaz de proporcionar? Viver aquilo que na vida real não seria possível? No entanto, a coisa também não pode ser feita de qualquer jeito. Por mais que a história seja a mais clichê que exista, precisa ser no mínimo bem contada e uma ação bem feita e coreografada. 

Quando a coisa surpreende tendo não só uma boa trama, mas uma ação de primeira com situações criativas, efeitos de encher os olhos e mentiradas bem filmadas onde se consegue captar a emoção de tal momento, a experiência é simplesmente maravilhosa. Um cinema de ação de qualidade. E isso foi justamente o que aconteceu com o primeiro “Duro de Matar” em 1988. Um filme que tinha tudo sob medida. Desenvolvia muito bem a história e situação do seu protagonista gerando interesse do público por ele. Consequentemente, já envolvidos com o momento, não só torcemos como nos sentimos junto com Bruce Willis na fita. Tal feito se repetiu muito bem no segundo e mais ainda no quarto filme, lançado em 2007 e que apresentava uma história muito interessante envolvendo o poder da tecnologia atual e ainda uma ação de tirar o coração do peito. 


Portanto, a franquia “Duro de Matar” é muito mais do que uma mera franquia de ação. Ela conseguiu nos fazer se interessar por John McCLane (Willis) tornando-nos parte de sua história. Esses três excelentes filmes desenvolveram e amadureceram com qualidade o personagem, e junto com a ação, o resultado final ficou ainda mais saboroso. Porém, infelizmente, tudo isso se perde neste quinto filme. Se tivéssemos falando de um filminho de ação qualquer como muitos que são lançados aos baldes por aí, tudo bem, entretanto, estamos falando de uma franquia de nome e de qualidade onde aqui, perde-se por se interessar somente na ação e esquecer daquilo que fez de “Duro de Matar” algo tão especial e marcante. 

Neste filme usa-se novamente o velho clichê de Hollywood do filho distante que nunca conversa com o pai. Para tirá-lo do problema em que se meteu, McCLane acaba indo para a Rússia, onde está o menino, e tentar assim mudar a cabeça do garoto. 


A história deste “Um Dia Para Morrer” é tão mal construída que se nos filmes anteriores da franquia John McCLane era forçado pela situação a estar envolvido naquilo (ele sempre estava no lugar errado, na hora errada) neste daqui John McCLane têm pouco a fazer e não possui nenhuma ligação convincente com os vilões ou o porquê dele e do filho estarem se arriscando naquilo. Digo também o filho porque ambos, em certo momento, possuem a chance de cair fora e deixar que os vilões se matem sozinhos, já que o interesse deles não envolve em nenhum instante a pessoa de John McCLane ou John McCLane Junior. Ou seja, não é a situação que força os personagens a estarem nela, e sim, os próprios personagens que entram na briga sem ter necessidade ou importância alguma nela. Nada a ver com Duro de Matar! 

Dirigido pelo inexpressivo John Moore, que fez aquela bomba chamada “Max Payne” de 2008, Moore não apenas deixa de acrescentar algo à mitologia de John McCLane tornando-o um mero machão pronto para atirar e matar “caras maus”, como gosta de ressaltar no filme, mas também é péssimo em filmar a ação. Criando inúmeros momentos de zooms forçados abrindo a câmera e executando o zoom meio que procurando onde está o personagem, o diretor usa tal efeito seguidamente causando alto desconforto. Filma os personagens muito perto e mexe exaustivamente a câmera deixando de explorar todo o ambiente e nos fazendo pouco entender o que está acontecendo. E sem esquecer da fotografia escura e sem foco. 


Quanto ao elenco Bruce Willis continua com o carisma e competência de sempre, ainda que o filme não o ajude. Por outro lado achei Jai Courtney apagado e com pouca presença, causando pouco impacto e ficando sob a sombra de Willis. Se for outra tentativa de Hollywood em colocar o filho para assumir a franquia depois de alguns anos, olha, pense em outra coisa, pois Courtney é bem fraquinho pra tal posto. 

Então, “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer” causa uma mancha feia no currículo da franquia. Willis já confirmou o sexto filme e espero que o próximo diretor entenda como funciona “Duro de Matar” e faça algo do patamar do primeiro, segundo e quarto. Vamos ver...

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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