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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A HORA MAIS ESCURA

Zero Dark Thirty-EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Kathryn Bigelow

Sinopse: Os ataques terroristas sofridos pelos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001 deram início a uma época de medo e paranoia do povo americano em relação ao inimigo, onde todos os esforços foram realizados na busca pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Maya (Jessica Chastain) é uma agente da CIA que está por trás dos principais esforços em capturar Laden, por ter descoberto os interlocutores do líder do grupo terrorista. Com isso ela participa da operação que levou militares americanos a invadir o território paquistanês, com o objetivo de capturar e matar bin Laden.


Durante a pré produção de “A Hora Mais Escura”, Kathryn Bigelow não contava com a morte de Osama Bin Laden, detalhe este que não só exigiu uma reformulação no roteiro como também ofereceu algo de mais interessante ao filme. Partindo das buscas pelo ex-terrorista desde o pós-11 de Setembro, Bigelow criou polêmicas por enfatizar nos métodos de tortura feitos pela CIA e, como em seu filme anterior “Guerra ao Terror”, tem-se aqui umA personagem chave para a resolução de tudo isso. Neste caso me refiro a Maya, uma agente da CIA interpretada por Jessica Chastain. 

“A Hora Mais Escura” é um filme de investigação. A busca por um dos homens mais odiados do planeta, e Bigelow, uma diretora forte que não se acanha por ser mulher e sabe como criar a tensão e desenvolver a ação melhor do que muitos diretores homens por aí, busca o extremo realismo sem os exageros habituais de Hollywood. Assim como no envolvente “Guerra ao Terror”, Bigelow filma com câmera na mão e usa muito bem o silencio como ferramento para gerar desconforto no público e um ar de imprevisibilidade. 


No entanto, considero um filme bem inferior a “Guerra ao Terror” e pouco surpreendente. Como um relato a obra é interessante mostrando com dinamismo o processo de busca por Osama, mas nada mais do que isso. Talvez o problema tenha sido o excesso de expectativa. 

A protagonista interpretada por Jessica Chastain é uma das mais desinteressantes dos filmes que estão concorrendo ao Oscar este ano. Pouco aprofundada sobre quem ela é, não consegui me identificar com sua pessoa nem me interessar por suas motivações em caçar Osama Bin Laden. O ponto de interesse vem das cenas onde Chastain nem passa perto. 


Portanto, “A Hora Mais Escura” é um filme envolvente, interessante e bem realizado mas nada, a meu ver, de surpreendente. Um filme redundante digo eu.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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