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sábado, 20 de abril de 2013

SHAME

Shame-REINO UNIDO
Ano: 2011 - Dirigido por: Steve McQueen

Sinopse: Brandon (Michael Fassbender) é um cara bem sucedido e mora sozinho em Nova York. Seus problemas de relacionamento, aparentemente, são resolvidos durante a prática do sexo, tendo em vista que é um amante incontrolável. Contudo, sua rotina de viciado em sexo acaba sendo profundamente abalada quando sua irmã Sissy (Carey Mulligan) aparece de surpresa e pretende morar com ele.


Dirigido por um tal de Steve McQueen (não vamos confundir com o astro da década de 60 e 70 que estrelou “Bullit” e “Pappillon”) “Shame” é o retrato do vazio do ser humano, perdido em prazeres momentâneos e incapaz de encontrar sua própria felicidade. Estrelado por Michael Fassbender, que já trabalhou com McQueen em “Hunger”.

Fassbender realiza uma de suas melhores e mais tocantes atuações, transparecendo no olhar sua solidão e abandono. Chamado de Brandon Sullivan, seu personagem é um sujeito que sofre de erotomonia, um distúrbio que gera compulsão pelo ato sexual. Sullivan se masturba em banheiros públicos, no trabalho, durante o banho, contrata com frequência prostitutas e olha para mulheres na rua imaginando como seria o sexo com elas.


Mas ele não é o tipo de pessoa que sofre aparentemente com tal tipo de vicio. Percebemos a existência de um vazio e que Sullivan não é uma pessoa realizada na vida, e busca através do sexo momentos de alivio e conforto. Porém, temos também o surgimento de outra personagem chamada Sissy, a irmã de Sullivan interpretada muito bem por Carey Mulligan. Cantora de bares e restaurantes, ela vêm tendo sérios problemas em sua vida pessoal, e juntamente com o irmão, formam duas figuras complexas e sem rumo. 

“Shame” é um filme difícil. Necessita de disposição devido às suas longas sequencias, algumas de quatro minutos seguidos, outras de seis, o que torna certos momentos cansativos e desinteressantes. Assim como também o aprofundamento dado à irmã do protagonista que é distante e superficial, detalhe que quando chega ao final ficamos pouco impactados com o desfecho de sua história.


Mas o longa não deixa de ser interessante e reflexivo. Vemos muitos casos de pessoas bem sucedidas financeiramente, com um excelente emprego, mas nada parece fazer sentido ou ter relevância.

Não considero uma obra prima como muitos alegam, mas vale a pena conferir “Shame”.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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