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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

JOÃO E MARIA - CAÇADORES DE BRUXAS (3D)

Hansel and Gratel: Witch Hunters 3D/EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Tommy Wirkhola

Sinopse: Os jovens João e Maria foram abandonados pelos pais na sombria floresta e acabam indo parar na casa de uma malvada bruxa. Mas o que parecia ser o fim acabou se tornando o começo de uma vida cheia de aventuras, uma vez que eles eliminaram a malvada e viraram verdadeiros exterminadores de criaturas do mal. Após o desaparecimento de várias crianças, os dois já adultos (Jeremy Renner e Gemma Arterton) são contratados pelas autoridades locais para desvendar o mistério. Só que eles não imaginavam que essa nova missão iria colocá-los diante da terrível Bruxa Negra (Famke Janssen), pronta para destruir não só a reputação de excelentes caçadores de bruxas, mas também as suas vidas.


Não sei o que está acontecendo comigo neste inicio de ano pois venho gostando de todos os filmes, exceto o novo do Nicolas Cage (O Resgate) que até agora é o pior do ano. Porém, esta versão moderna do conto de fadas de João e Maria dentre todas as adaptações que tivemos de histórias clássicas considero o melhor até agora. Não que isso quer dizer alguma coisa, mas este “João e Maria – Caçadores de Bruxas” ao menos tem muita ação, violência e sanguinolência e consegue ser bem mais eficiente que, por exemplo, “Branca de Neve e o Caçador”. 

Se não tivéssemos o nome de João e Maria o filme não mudaria em nada, pois a história clássica só é usada no começo e depois não faz a mínima diferença, pois o filme vira de fato uma perseguição às bruxas com muita violência e sangue jorrando na tela, e ter João e Maria como protagonistas serve apenas para oferecer um charme de dizer que esta “é a versão moderna do conto”. 


Dirigido por um tal de Tommy Wirkhola, que dirigiu um filme também bem violento e caricato chamado “Zumbis na Neve”, Wirkhola faz aqui o que é proposto desde o inicio. Comanda bem a ação, o ritmo segue constante, a violência é presente, o sangue não é refreado e as bruxas estão bem assustadoras. Ao menos não deixa cair no cansativo como o já citado “Branca de Neve e o Caçador” faz. 

Mas “João e Maria – Caçadores de Bruxas” sofre de um problema grave e perceptível que em certos momentos atrapalha. Preocupado mais com toda a ação e violência o diretor Tommy Wirkhola, que também escreveu o roteiro, deixa transparecer certos furos na história e algumas situações bobas. Por exemplo: Se as tais bruxas do filme estão capturando crianças para o tal ritual da Lua de Sangue onde elas ficarão mais fortes do que nunca ou algo do tipo que é passado ligeiramente para o público, não entendo o porquê de deixar soltos João e Maria sendo que estes estão matando as bruxas durante o filme inteiro! Aquela coisinha irritante em alguns filmes onde o vilão tem inúmeras oportunidades para matar o mocinho (os mocinhos aqui), mas por algum motivo ainda não é hora. Aí depois esses mesmos mocinhos trucidam os vilões no final! Vai entender... 


E geralmente esses filmes tendem a seguir uma fórmula, formula esta que sempre traz na história alguns personagens totalmente irrelevantes. Aqui, não temos só o menino que é fã do trabalho de João e Maria e sonha em ser caçador de bruxas quando crescer, mas também é preciso colocar um arco romântico, com isso, temos uma personagem que se apaixona por João. Mas até ai tudo bem, já que o romance nunca se torna o foco do filme e nem é muito explorado, porém, quando essa mesma senhorita apresenta-se ser algo relevante para o filme, ela não faz praticamente nada mostrando que está ali apenas para ocupar espaço. 

Estrelado pela linda Gemma Artenton, que foi a mocinha em “Príncipe da Pérsia”, e por Jeremy Renner, o astro do momento que está em todas, a dupla não compromete e diverte bem. Renner usa o seu habitual já mostrado em “Missão Impossível: Protocolo Fantasma” e em “Os Vingadores”, mas aqui, tem o filme todo para si e aproveita bem isso. 


Apesar de todos os contras que “João e Maria – Caçadores de Bruxas 3D” possui e que causa um incomodo e tanto, ao término do filme estava satisfeito. Não é um grande filme, mas gostei da estilização dada à história de João e Maria e o 3D não é grande coisa servindo como justificativa para jogar as coisas no público. 

Enfim, nada demais, apenas um bom divertimento.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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