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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O IMPOSSÍVEL

The Impossible/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Juan Antonio Bayona

Sinopse: O casal Maria (Naomi Watts) e Henry (Ewan McGregor) está aproveitando as férias de inverno na Tailândia junto com os três filhos pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto curtiam aquele paraíso após uma linda noite de Natal, um tsunami de proporções devastadoras atinge o local, arrastando tudo o que encontra pela frente. Separados em dois grupos, a mãe e o filho mais velho vão enfrentar situações desesperadoras para se manterem vivos, enquanto em algum outro lugar, o pai e as duas crianças menores não têm a menor ideia se os outros dois estão vivos. É quando eles começam a viver uma trágica lição de vida, movida pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos.


Ainda que baseado em uma história real, “O Impossível” é aquele drama que manipula suas emoções de tal modo que fica nítida a intenção do diretor Juan Antonio Bayona de fazer a plateia cair em prantos. Ele foca nos olhares iluminados dos personagens olhando para o horizonte e vai chegando bem devagarzinho com a câmera, e de fundo aquela trilha sentimental ecoando o som de “Chore! Chore!”, ou seja, é um dramalhão assumido em todos os sentidos. 

Entretanto, esse dramalhão nunca soa algo forçado ou falso e consegue com grande êxito nos levar para dentro da história e vivenciar a dor e desespero dos personagens. A construção do momento onde o tsunami invade a cidade é tão crível e emocionante que quando menos percebemos estamos desesperados torcendo pelos personagens. Do mesmo modo quando estes estão procurando pela família e nada parece favorecer para isto. Portanto, seja de tristeza ou de alegria, o dramalhão de “O Impossível” colabora para a eficiência do filme e de suas emoções. 


A produção também é um detalhe fenomenal. Os efeitos especiais estão magistrais e a recriação dos cenários apocalípticos deixados pelo tsunami é digna de nota, e foi injustamente esquecida pela Academia nas indicações técnicas do Oscar deste ano. 

A única indicação dada ao filme foi para Naomi Watts cuja interpretação é algo sublime, doloroso e angustiante. Mas também gostei bastante de Ewan McGregor que está sensível e tocante, mas é outro infelizmente sempre esnobado pelos votantes do Oscar. E surpreendendo é a atuação do garotinho estreante Tom Holland que mostra talento para segurar momentos dramáticos e um grande futuro pela frente, basta escolher os trabalhos certos e não embarcar no erro de muitos jovens atores.


O Impossível” é aquele filme que de vez em quando precisamos, ainda que exagerado, serve para nos fortalecer e dar graças a Deus por estarmos vivos. Em seu resumo, é um filme para se louvar a vida e agradecer por tê-la.

Por mais que comamos todos os dias file mignon, vão ter dias que vamos querer comer um hambúrguer, e “O Impossível” é justamente esse hambúrguer trazido na hora certa e de surpresa. Enfim, achei sensacional o filme.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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