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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O DITADOR

The Dictador/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Larry Charles

Sinopse: A heróica história do General Aladeen (Sacha Baron Cohen), ditador da República de Wadiya, localizada no norte da África. Ele dedica sua vida inteira a garantir que a democracia jamais chegue ao seu país, enquanto ergue estátuas em sua homenagem e cria seus próprios Jogos Olímpicos. Quando a comunidade internacional suspeita que Wadiya está construindo uma arma nuclear, ele é intimado a se explicar na sede da Organização das Nações Unidas, nos Estados Unidos. Mas seu encontro com a democracia americana não se passa exatamente como ele esperava...


Que o humor de Sacha Baron Cohen é polêmico isso ninguém tem dúvida. Este “O Ditador” é um doce em comparação com suas obras anteriores intituladas “Borat” e “Bruno”, e, usando o mesmo ocorrido nesses dos outros filmes, aqui também temos o homem estrangeiro que vai a América, perde todo o seu glamour, seu status, e precisa viver como uma pessoa comum. A única diferença é que “O Ditador” não usa o estilo documentário em sua narrativa, e sim, a linguagem padrão de um filme. Mas o esquema é praticamente o mesmo. 

Confesso que sou fã de “Borat” e “Bruno”, acima de tudo do primeiro que considero um clássico. Tanto o uso da linguagem de documentário, quanto das cenas não combinadas até chegar às severas críticas aos Estados Unidos, “Borat” é genial! A mesma coisa com “Bruno” que faz o mesmo em relação ao mundo da moda. Já aqui neste “O Ditador”, além de voltar a criticar os EUA, Cohen também alfineta os muçulmanos, sua cultura, a guerra entre os dois lados e por aí vai.


Entretanto, não sei se é porque minha expectativa estava tão alta para o filme, porém, não consegui me divertir da mesma maneira que nos trabalhos anteriores do ator. Aqui, ainda que tenha momentos criativos e alguns realmente hilários, como um todo, achei que Cohen neste “O Ditador” é vencido pela indústria Hollywoodiana de fazer comédias. Percebemos que ele não teve a mesma liberdade que nos anteriores, e muitas piadas foram bem amenizadas para talvez fisgar um público maior. Senti que o filme foi algo mais comercial do que necessariamente do próprio Cohen, que não está tão engraçado e genial como em seus outros filmes. 

Sem falar do ritmo ondulante que ora é lento demais e ora bem animado conseguindo empolgar. Por mais que as ideias fossem excelentes, Cohen se rende as imposições dos estúdios e faz um filme para faturar repetindo uma ideia que já deu certo.

Mas continuo interessado para ver qual será o seu próximo trabalho.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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