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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O MONGE

Le Moine/FRANÇA
Ano: 2010 - Dirigido por: Dominik Moll

Sinopse: Uma criança é abandonada na escadaria do mosteiro dos Capuchinhos, no século XVII, na Espanha. Ela cresce seguindo os costumes dos monges e torna-se um dos mais importantes pregadores da fé. Ao mesmo tempo que seus discursos encantavam multidões, internamente, a fama e o "poder" de Ambrósio (Vincent Cassel) causavam uma relativa inveja entre seus pares. Seguro quanto as tentações e os poderes do Diabo, ele enfrenta a discordância para acolher Valério (Déborah François), vítima de um acidente, na instituição. Enquanto eventos misteriosos começam a acontecer no local, ele descobre que o jovem, que protege o rosto mutilado com uma máscara, tem o dom de aliviar a dor. Juntos, eles acabam formando uma sinistra parceria que mudará para sempre as suas vidas.


Ao ler a sinopse e vendo as imagens deste "O Monge" confesso que fiquei curioso em ver o filme, e também por ter um ator notável como Vincent Cassel protagonizando. Começando de forma instigante com um pedófilo no confessionário dizendo ao monge interpretado por Cassel que a ideia do ato foi da própria vítima, "O Monge" apresenta-se ali como um filme interessante onde lidará com tabus da sociedade dentro do ambiente da igreja católica. Algo como "O Padre", de 1994 fez. Porém, o filme começa a entrar em clichês e situações previsíveis que muda totalmente o clima mostrado nos minutos iniciais, transformando o longa numa fita descartável. 

Vincent Cassel interpreta um monge que foi abandonado na porta do monastério ainda bebê  cresceu com os monges e naturalmente seguiu o caminho da religião. Mostrando enorme talento para a pregação, com o tempo, acabou se transformando no mais respeitado monge da região fazendo crescer o trabalho da igreja e salvando muitas almas. 


Com isso, claro, "O Monge" vai entrar em assuntos como tentações e a sedução. Se na bíblia temos histórias de grandes líderes que caíram por causa do pecado, a ideia central do filme é justamente esta: a queda de um grande homem de Deus. A frase do poster "Ninguém está livre do pecado..." já sugere isso. Daí, vamos ter o uso da imagem da mulher como caminho para a perdição de todo homem. 

Dirigido por Dominik Moll, a ideia do filme, ainda que básica, é boa. Porém, o que prejudica são os caminhos que são tomados no decorrer dela. Tudo se transforma num típico drama onde desde o inicio já temos total conhecimento de como irá terminar. O filme é baseado num romance escrito por Matthew G. Lewis, publicado em 1796. Mas faltou imprevisibilidade a história, mudança de expectativa. Tudo é muito comum e previsível.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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