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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

COSMÓPOLIS

Cosmopolis/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: David Cronenberg

Sinopse: Cosmopolis acompanha a história do jovem gênio multi-milionário Eric Packer (Robert Pattinson), atravessando Manhattan numa limusine (onde decorre grande parte do filme) para encontrar um corte de cabelo perfeito. Ao mesmo tempo, as finanças estão atravessando uma crise sem precedentes. Ele ainda não sabe, mas em menos de 24h perderá toda sua fortuna.


Novo e aguardado filme de David Cronenberg, “Cosmópolis” talvez seja o seu trabalho mais difícil de acompanhar, e com certeza, vai pegar muita gente de surpresa, principalmente as fãs de Robert Pattinson, onde achando ser mais um filme daqueles simplistas do ator, vão se impressionar pela verborragia e diversas metáforas presentes no longa. 

Basicamente, “Cosmópolis” é um estudo, uma analização do mundo em que vivemos atualmente. O avanço da tecnologia, o poder político com suas inúmeras maneiras de controle do povo, a alienação das pessoas pela mídia e, principalmente, o uso desta para inúmeros outros fins. 


Todos esses assuntos são postos em pauta pelo personagem de Pattinson e os seus convidados em sua limousine, onde se passa grande parte do filme. O personagem interpretado por Robert Pattinson, chamado Erick Parker, é um jovem gênio-milionário excluso da sociedade e que vivi praticamente em um mundo fechado, daí o porquê de se passar grande parte dentro de sua limousine, representando ali o seu porto seguro, o lugar de confiança para expor seus pensamentos e ideias. Uma maneira confortável de impor suas vontades às pessoas e controlar cada uma delas. 

Entretanto, considero “Cosmópolis” um filme maquiado de “intelectual”, cheio de conclusões existenciais sobre a humanidade e a maneira como o ser humano vive atualmente. Algo como uma avaliação do contexto social de hoje. Porém, tudo é apenas maquiagem. Não li o livro de Don DeLillo, mas vejo que Cronenberg apenas mostra que quer dizer muita coisa, mas no final não diz praticamente nada. Nada passou de palavras vazias passadas com extrema dificuldade para o público. 


O filme possui participações notáveis como a de Paul Giamatti e Juliette Binoche, porém, é Robert Pattinson quem me agradou. O ator, com uma inexpressividade que se encaixa ao personagem, mostra ter competência para fazer papéis ousados, e não ficar apenas na sombra de um “vampiro que brilha”. Depois deste “Cosmópolis”, confesso que deu vontade de ver Pattinson interpretando um psicopata, um serial killer daqueles cuja paixão é simplesmente ver o circo pegar fogo. 

Portanto, vão ter aqueles que vão amar o filme, idolatrar Cronenberg dizendo que este fez uma obra bastante inteligente, com diálogos precisos e por aí vai. Particularmente, achei nada demais. Um filme com discussões básicas, simples, mas que foram altamente elaboradas e passadas com dificuldade para o público. E por fim, abrindo logo o verbo, é um filme que achei chato, cansativo e enganador. E entrando na onda de metáforas do longa, “Cosmópolis” aparenta ser um “príncipe”, mas não passa de um mero “plebeu”.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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