Pages

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O ANJO DO DESEJO

Passion Play/EUA
Ano: 2010 - Dirigido por: Mitch Glazer

Sinopse: Las Vegas. Nate Poole (Mickey Rourke) leva uma vida boêmia, tocando seu trompete em clubes noturnos. Após se envolver com a mulher do mafioso Happy Shannon (Bill Murray), ele é obrigado a fugir da cidade. Seu destino é um circo que passa pelas redondezas, onde conhece a bela Lily Luster (Megan Fox), que possui asas de anjo. Nate logo se apaixona por ela e quer retirá-la do lugar, mas para tanto precisa enfrentar o dono do circo, que não deseja perder sua maior atração. 


Primeiro filme de Mitch Glazer, que foi roteirista de filmes como “Os Fantasmas Contra Atacam” e “O Novato”, “O Anjo do Desejo” consegue ser de longe um dos piores filmes que vi durante este ano de 2012. Lançado diretamente para DVD aqui no Brasil, o longa é uma construção mal feita de um romance surreal contando com interpretações horrendas e uma direção catastrófica de Mitch Glazer. 

Um dos grandes erros de “O Anjo do Desejo” começa pela construção melancólica feita por Glazer. O drama do filme, mas parece com a de uma novela mexicana, com repetidas cenas melodramáticas ao som de musica instrumental angustiante, seguidos por diálogos cafonas daqueles genéricos e clichês.


E como se não bastasse tudo isso é acompanhado de atuações forçadas e caricatas, diga-se de passagem, a do protagonista Mickey Rourke. Com um rosto inexpressivo e sem emoção alguma, Rourke muitas vezes passa-se pelo ridículo parecendo estar fazendo mais caretas do que necessariamente uma cena dramática. 

Megan Fox, tadinha, até tenta, porém, escolhe o filme errado para mostrar que sabe fazer drama. Aqui, ela não faz outra cara se não de assustada, mantendo constantemente a boca aberta para mostrar os seus lábios sensuais. Nada a mais!


E Bill Murray é o único capaz de transmitir veracidade e realismo em sua atuação. Afinal, o ator é a única coisa que presta em “O Anjo do Desejo”. Fazendo o vilão do filme, Murray convence e oferece certa maturidade e tensão ao filme. 

No entanto, ainda assim Bill Murray não vale por todos os 90 minutos da obra. Mitch Glazer não só deixa de explicar certas coisas, como também não consegue emocionar, a produção chega a ser grotesca em muitos momentos, desde os efeitos até a fotografia, tudo soa amadorístico e desajeitado. 

Enfim, um filme que não precisava constar no currículo de Mickey Rourke, Megan Fox, e principalmente, de Bill Murray.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

0 comentários: