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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

UM HOMEM DE SORTE

The Lucky One/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Scott Hicks

Sinopse: Em meio a uma batalha em plena Guerra do Iraque, o fuzileiro Logan Thibault (Zac Efron) encontra no chão a foto de uma mulher desconhecida. Ele a guarda e passa a cuidá-la como se fosse um talismã, prometendo que, caso sobreviva à guerra, irá encontrá-la. Meses depois, ele retorna aos Estados Unidos e passa a pesquisar onde ela poderia morar a partir de pistas dadas pela própria foto. Ele a encontra em um canil, onde trabalha juntamente com a avó (Blythe Danner) e vive com o filho pequeno (Riley Thomas Stewart). Logan passa a também trabalhar no canil, sem revelar o verdadeiro motivo pelo qual chegou até ele.


Gosto de muito de assistir de vez em quando a romances desses clichês até falar chega, porém, que tenha um mínimo de respeito com a inteligência do telespectador. E se conseguir me emocionar ou então prender a minha atenção com um romance envolvente e interessante também já vale o esforço. No entanto, nada disso se encaixa para este “Um Homem de Sorte”, estrelado por Zac Efron e dirigido por Scott Hicks, que dirigiu, por exemplo, o excelente “Shine” e o divertido “Sem Reservas”. 

Baseado no livro do escritor de romances “água com açúcar” mais aclamado desse século, Nicholas Sparks, “Um Homem de Sorte” se consagra como a pior adaptação já feita de um livro seu. Talvez a melhor até agora tenha sido sem dúvida o muito bom “Diário de Uma Paixão”, e depois, tivemos algumas adaptações boas como “Noites de Tormenta” que gosto, e outras apenas medianas como “Querido John” e “A Última Música”. 


Em todos estes filmes ou nos livros, toda a estrutura básica dos romances de Sparks consiste nessa estrutura padrão de um típico romance, com todas as situações dramáticas que vão desestabilizar o casal protagonista para depois chegar num desfecho, ou triste ou feliz. Mas saiba que quase toda história escrita por Nicolas Sparks teremos alguém morto no final, é praticamente uma regra do autor para gerar a emoção. Porém, não sei o que acontece nessas adaptações para o cinema que, nos livros, todo esse contexto soa bem mais interessante e envolvente de se acompanhar, diferente dos filmes que buscam exagerar no melodrama criando algo por vezes novelesco e forçado, causando mais preguiça do que necessariamente interesse. 

Confesso que até gostei da atuação de Zac Efron. Talvez se a história trabalhasse melhor o drama de seu personagem, que sofre com as lembranças da guerra, e aprofundasse melhor em sua amargura, Efron teria melhor oportunidade para mostrar o seu lado dramático. Mas isso acaba não sendo o interesse do filme, e sim, no romance, portanto, o ator é mais uma vez prejudicado com um personagem fraco e desinteressante.  


Portanto, o que temos em “Um Homem de Sorte” é um abuso de clichês, de paisagens de cartão postal, músicas bonitinhas ao longo do filme e por aí vai. Nenhum problema por aqui, penso eu. É clichê, mas tá bem feito. O problema está justamente no romance sem graça entre os protagonistas e na falta de química entre os dois atores. É um filme que não consegue emocionar como “Diário de Uma Paixão” e possuí uma resolução tão superficial que dá preguiça. Sem falar de resoluções estendidas e demoradas onde o dramalhão acaba atrapalhando mais do que ajudando a obra.

Particularmente, não consegui me envolver e me identificar com este “Um Homem de Sorte”.

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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