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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A SAGA CREPÚSCULO: AMANHECER - PARTE 2

The Twilight Saga: Breaking   Dawn - Part II/EUA
Ano: 2012 - Dirigido por: Bill Condon

Sinopse: Em 'Amanhecer - Parte 2', a felicidade dos recém-casados Bella Swan (Kristen Stewart) e Edward Cullen (Robert Pattinson) é interrompida quando uma série de traições e desgraças ameaça destruir o mundo deles. Após dar a luz a Renesmee (Mackenzie Foy), Bella desperta já vampira. Ela descobre que Jacob (Taylor Lautner), seu melhor amigo, teve um imprinting com a filha e passa a acompanhar seu rápido desenvolvimento. Bella não aceita esse fato no início, mas depois compreende e eles convivem em harmonia.


“A Saga Crepúsculo- Amanhecer Parte 2” é um tipo de filme onde não se pode exigir mais nada. Se em quatro filmes nenhum diretor conseguiu consertar os erros e melhorar os defeitos, não é agora no quinto capítulo que vamos esperar algo de diferente. Portanto, este “último” capítulo da intitulada “A Saga Crepúsculo” não esconde o ridículo, apresenta mais escancaradamente os erros e, por fim, surpreende por conseguir elevar sua ruindade ao nível máximo, se consagrando como pior e mais broxante filme da franquia.

Primeiramente, é visível a falta de necessidade em dividir o último livro em dois filmes. Em duas horas e meia de filme, a história de “Amanhecer – Parte 2” resume-se apenas em apresentar a esperada luta dos Cullens contra os Volturi, e o objetivo de todo o filme é justamente este. Bella e seus amigos terão que proteger sua filha já que os Volturi querem matá-la por acharem que se trata de uma criança imortal, e isso é contra a Lei dos vampiros. Porém, a luta só acontece nos 30 minutos finais de filme, ou nem isso, e até lá, o que temos em “Amanhecer – Parte 2” é um amontoado de "encheção de linguiça" com os Cullens se preparando para a guerra, chamando outros vampiros ao redor do mundo para ajudá-los, o amor de Jacob pela filha criança de Bella, a própria Bella aprendendo a lidar com o seu vampirismo recente e também a nova fase de casado dos protagonistas. E isso, juntamente com momentos de alivio cômico forçados, desconexos com o filme e que só atrasam mais o que realmente interessa. 


Se lá em 2008 fomos apresentados aos vampiros que brilham no sol, e com o decorrer da série a outras peculiaridades desse universo, agora, mais do que nunca, os vampiros de “A Saga Crepúsculo” se assumem verdadeiros mutantes. É impossível não se lembrar de “X-Men” quando se vê vampiros que controlam o fogo (?), a água (?), dão descarga elétrica (?), controle sobre a escuridão (?), ou então, geram campos de força (?) para impedir o poder de outros vampiros. Ou seja, neste quinto filme o diretor Bill Condon, que também dirigiu a Parte 1, assume de vez a galhofada que é a série e dirige de qualquer maneira, investindo mais no ridículo do que, necessariamente, buscar fazer um desfecho que valesse a pena. Exemplo disso são alguns diálogos horríveis como quando Edward vira para Bella e diz “Agora é a sua vez de me quebrar!”, em referência a força adquirida pela personagem depois de ter virado vampiro. 

O elenco também é outro fator pavoroso em “Amanhecer – Parte 2”. Tudo bem que os atores já se acomodaram e nunca buscaram amadurecer com os seus personagens, talvez para não mexer na fórmula que deu certo com “Crepúsculo” em 2008, no entanto, neste último eles assumem o desinteresse por seus respectivos papéis e caem mais ainda na caricatura. Se antes já não existia emoção, porém, havia certo equilíbrio, Kristen Stewart, Robert Pattison, Taylor Lautner e companhia, abusam das “caras e bocas” e atuam como se estivessem numa novela mexicana. 


Michael Sheen é o único que agrada em meio a tanta decepção. O ator que interpreta o líder dos Volturi se diverte, abusa das “caras e bocas” sim, porém, como vilão, sua caricatura e sarcasmo caem como luva. Porém, é muito mal aproveitado no filme.

Já Dakota Fanning, outro nome de peso do elenco, comprova que está crescendo e ficando uma atriz insossa e sem graça. Aqui, mais do que na Parte 1, mostra-se sem utilidade alguma. 

Portanto, “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2” chega a seu capítulo final comprovando a futilidade e vergonha que é essa franquia. Um desfecho que ao invés de impactar e no mínimo empolgar, causa é vergonha, risos e decepção com uma narrativa genérica, atuações sofríveis, diálogos artificiais e efeitos que lembram mais aqueles filmes de heróis da década 60 e 70, ou seja, bem “tosquinhos”. 


Sei que muitos fãs não irão aceitar as severas críticas e vão amar este último filme, assim como toda a série, afinal, fã é fã e a gente sempre releva os defeitos quando gostamos muito. Entretanto, se antes, ainda que não fosse maravilhoso, porém havia certo equilíbrio no romance e na condução da história, nesta Parte 2 tanto o diretor quanto o restante da equipe mandam a saga pelos ares e conseguem prejudicar mais ainda a série lançando o pior dos cinco.

A uma estrela vale apenas por uma surpresa que acontece durante o clímax  que confesso, foi bacana e surpreendente. Mas só!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

1 comentários:

A.EM disse...

Os efeitos foram mesmo frustrantes, e os filmes nao seguiram fielmente o livro, mas ta reclamando? qual é a historia que não leva o enredo todo até o final?
Em Harry Potter mesmo foi assim, o filme todo esperando por uma coisa que não durou nem 5 minutos direito